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CRÍTICA DRAMA
Truffaut abre espaço para Jeanne Moreau criar assassina
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Viva a estrela", proclamou François Truffaut certa
vez. Havia um quê de desafio
na afirmação, já que ele próprio era um dos criadores da
política dos autores.
A verdade, porém, é que
seguidas vezes Truffaut se
dedicou especificamente às
estrelas. Assim como "A Sereia do Mississipi" foi o filme
de Catherine Deneuve e "A
História de Adele H", o de
Isabelle Adjani, "A Noiva
Estava de Preto" (TCM,
23h55, 12 anos) foi o de Jeanne Moreau.
OK, nenhum desses está
entre seus grandes filmes, inclusive "A Noiva", em que
Moreau, depois de tentar o
suicídio, se põe a matar uma
série de homens.
Mas não resta dúvida de
que em todos esses trabalhos
existe o quê oficial que marcou a filmografia do "enfant
terrible" que se transformou
em "cineasta de França".
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