São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Mônica Bergamo

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MÔNICA VELOSO

Danilo Verpa/Folha Imagem
Carlos Alberto, do programa "Pânico", mostra foto de Renan Calheiros para Mônica Veloso


"Me dá beijo na boca?"

A turma do "Pânico na TV" surpreendeu a jornalista Mônica Veloso na festa de lançamento da revista "Playboy", num hotel de luxo de SP. "Me dá um beijo na boca?", pediu o humorista Carlos Alberto, vestido de presidente Lula. Mônica recusou. "Pô, mas você beijou esse cara mais feio que eu", insistiu, mostrando a foto de Renan em um celular.

 

Mônica Veloso virou as costas e deixou o "presidente Lula" falando sozinho com o senador "Renan".

Questão pessoal

"Quantas crianças a gente tem que perder para o tráfico só para que um playboy possa enrolar um baseado?", diz o capitão Nascimento (Wagner Moura) em "Tropa de Elite". O debate sobre o papel individual do consumidor de drogas no financiamento do tráfico e a suposta "hipocrisia" em torno do assunto, proposto pelo filme, terá que ser feito bem longe da turma do longa.

 

Na lançamento de "Tropa", anteontem, em SP, a coluna tentou perguntar a atores se, primeiro, já consumiram algum tipo de droga, ainda que leve. E, segundo, se julgam que, com isso, já colaboraram para o fortalecimento do tráfico. Não foi possível passar da primeira pergunta. "Você acha que vou falar sobre isso na coluna da Folha?", respondeu a atriz Maria Ribeiro, de bom humor. "Não falo sobre minha vida pessoal", respondeu Caio Junqueira, o aspirante Neto de "Tropa". "Mais importante do que falar sobre o que eu ou outra pessoa do elenco faz em sua vida pessoal é ampliar a discussão que o filme traz", respondeu Wagner Moura. O ator prefere falar sobre "o usuário", de forma geral.
 

"O usuário tem, sim, uma certa responsabilidade. Mas centrar fogo nele não é a solução. O ideal mesmo seria descriminalizar as drogas", diz Moura. Caio Junqueira segue na mesma linha: "O problema é a incoerência de um país que não compreende que a descriminalização das drogas é uma questão central no combate à violência". André Ramiro, o aspirante Mathias do filme, é o único que responde à pergunta: "Não". Ele nunca consumiu qualquer tipo de droga.

FICA CLÔ
O que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) têm em comum? O advogado Eduardo Ferrão. Depois de conduzir a defesa de Renan até o dia em que sua cassação foi rejeitada no Senado, Ferrão agora terá outro osso duro de roer: ele foi contratado pelo PR, novo partido de Clodovil, para defender o deputado paulista do PTC, o antigo partido do estilista, que pede que ele perca o mandato por causa da infidelidade partidária.

A FILA ANDA
O Supremo Tribunal Federal (STF) já está com a primeira ação penal contra o ex-prefeito Paulo Maluf. Quando foi eleito deputado federal, em 2006, os quatro processos que corriam contra ele em São Paulo foram remetidos ao STF, mas ainda precisavam ser relatados pelo tribunal.
 

A primeira denúncia, na qual Maluf e a mulher, Sylvia, são acusados de crime contra o sistema financeiro, foi recebida pelo ministro Ricardo Lewandowski. Os outros processos continuam na fila, esperando por uma decisão.

COMETA
Uma das mesas mais cortejadas anteontem no restaurante Fasano era a de Marcos Pereira, vice-presidente da TV Record, e de outros diretores da emissora. O grupo conversava alegremente em torno do vinho australiano Shiraz-The Footbolt D'Aremberg. Estavam na mesma mesa em que Roberto Irineu Marinho, da TV Globo, já foi visto jantando mais de uma vez.

TALHER
Jantavam também no Fasano a atriz Luciana Vendramini e o empresário Lírio Parisotto, dono da Videolar.

MARCHA LENTA
O Ministério das Comunicações, por sinal, despachou para o Palácio do Planalto o processo de renovação da concessão de várias emissoras que venceram na sexta-feira, 5. Entre outras, as da Globo e SBT. Falta ainda a da Record. Explicação da equipe do ministro Hélio Costa: a Anatel ainda não tinha finalizado um laudo de vistoria na TV do bispo Edir Macedo.
 

Os processos de renovação estão agora no gabinete de Dilma Roussef, da Casa Civil.

CLIPPING
A Justiça está monitorando as entrevistas que Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, tem dado à imprensa após sair da prisão, na última semana. O empresário está falando sem parar, em jornais e programas de auditório na TV. "Caso ele mande mensagens cifradas para as testemunhas do processo ou desrespeite a Justiça, pediremos novamente a prisão preventiva dele", diz o promotor do caso, José Carlos Blat.
 

Até agora, 21 pessoas foram ouvidas no processo contra Maroni.

DO LAR
A economista Maria da Conceição Tavares está acompanhando de perto a formação do conselho da TV Pública. Há alguns dias, ela telefonou para o economista Luiz Gonzaga Beluzzo, que presidirá o órgão, e reclamou porque uma das possíveis integrantes da TV foi definida como "dona de casa".
 

"As feministas do Rio de Janeiro (onde Maria da Conceição vive) estão revoltadas", disse. Beluzzo afirmou a ela que era necessário "lutar contra o preconceito contra as donas de casa".

CURTO-CIRCUITO

O VIOLONISTA DE FLAMENCO Zezo Ribeiro se apresenta hoje, a partir das 21h, no Buda, na Vila Madalena.
MARCELO BONFÁ, ex-Legião Urbana, faz hoje show de lançamento do novo trabalho, "Mobile", no Tom Jazz, com participação do cantor Paulo Ricardo.
A HI&LO lança hoje, a partir das 14h, nova coleção na loja do Itaim Bibi. O evento terá uma exposição de André Crespo.
O ESCRITOR ARNALDO NISKIER, membro da Academia Brasileira de Letras, lança o livro "Branca Dias - O Martírio", hoje, às 19h30, no campus Liberdade da FMU.
O MUSEU DE ARTE BRASILEIRA, da Faap, promove hoje, às 20h, no Pacaembu, a inauguração da exposição "O Olho Fotográfico. Marcel Gautherot e Seu Tempo".

com DIÓGENES CAMPANHA, MARIANA BASTOS e DÉBORA BERGAMO

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