São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2005

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TELEVISÃO

‘Roda Viva’ de Lula foi gravado por estatal

Márcio de Souza/TV Globo
MISTÉRIO Camila Pitanga (Mônica) grava cena, no ar dia 15, em que reconhece o corpo de Valdete (Leona Cavalli), que abrirá série de crimes de "Belíssima"; o segundo capítulo da novela deu 53 pontos

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

O "Roda Viva" com o presidente Lula, exibido pela TV Cultura na última segunda, foi gravado pela Radiobrás, empresa de comunicações do governo federal.
Apesar do mérito jornalístico do "Roda Viva", a qualidade do programa está sendo criticada até mesmo dentro da Cultura.
A iluminação estava ruim, porque a altura da sala em que houve a gravação era baixa. Cabos e até uma dobra de tapete apareciam.
Mas o que mais incomodou foi o áudio, muito baixo e prejudicado por ruídos. Segundo a Cultura, a mesa de som que operava os microfones ficou dentro da sala da entrevista e havia um barulhento ventilador. O problema foi detectado no início, mas a gravação não foi interrompida porque Lula tinha compromissos. Tentou-se melhorar o áudio na edição.
"A gravação foi improvisada numa sala sem a estrutura de um estúdio", justifica Pola Galé, diretor de jornalismo da Cultura. A sala, anexa ao gabinete de Lula, seria a única disponível.
Galé afirma que usou câmeras (quatro) e luz da Radiobrás porque "toda gravação [desse porte] no Palácio do Planalto é realizada pela empresa, que já tem equipamento lá". A Radiobrás também gravou os "Roda Viva" com FHC.
Roberto Gontijo, diretor de operações da Radiobrás, diz que a sala não tinha acústica e que o equipamento de áudio usado não era da empresa, mas da própria Presidência da República.

OUTRO CANAL

Potencial A direção da Globo anda preocupada com a audiência de "Bang Bang", que não passa dos 30 pontos. Mas ainda não tomou a decisão de encurtá-la. Diretor-geral artístico da emissora, Mário Lúcio Vaz acredita que dá para consertá-la _com mais romance.

Rumos Pesquisa feita pela Globo com telespectadores aponta os seguintes defeitos em "Bang Bang": nomes de personagens em inglês difíceis de memorizar, ritmo lento, "sacadas" (como referências aos anos 60 ou um psicanalista chamado Freud) e piadas que não fazem sentido para a grande maioria do público.

Mico 1 Deborah Secco (agora loira, para anúncio de tintura) e Murilo Benício pagaram um belo mico anteontem em São Paulo. Foram mestres-de-cerimônia do Profissionais do Ano, premiação da Globo para os melhores anúncios veiculados na emissora.

Mico 2 Além de terem de ler, folhas de papel à mão, um texto sofrível (repleto de clichês tipo "a propaganda é a alma do negócio"), Benício e Deborah viram os coadjuvantes de "América" Murilo Rosa, Eliane Giardini, Paula Burlamaqui e Aílton Graça serem muito mais aplaudidos do que eles, protagonistas.

Tremor As relações entre Adriane Galisteu e o SBT não andam boas. Depois de ter notificado a apresentadora por atrasos em gravações, o SBT deve agora mudar seu "Charme" das quartas para os sábados.


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