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ESTRÉIA
"No Angels" leva humor inglês a hospital
BEATRIZ PERES
EDITORA DO EQUILÍBRIO
Quando percebem que um de
seus pacientes morreu há várias
horas, quatro enfermeiras recorrem a um banho quente para reaquecer o morto e enganar os médicos. A cena aparece cedo no primeiro episódio e avisa aos telespectadores com que registro de
humor trabalha a série inglesa
"No Angels".
A produção do Channel Four,
que já teve duas temporadas,
acompanha a rotina de quatro jovens enfermeiras (Jo Joyner,
Louise Delamere, Sunetra Sarker
e Kaye Wragg) que moram juntas
em Leeds e trabalham num hospital público local.
No cotidiano do hospital, além
de soluções implausíveis para
problemas como o da cena acima,
as personagens se vêem às voltas
com médicos abusivos e uma nova regra para evitar que as marcas
da calcinha possam ser vistas sob
os uniformes -o que distrairia os
médicos e poderia comprometer
o tratamento dos pacientes.
As enfermeiras inglesas chiaram, é claro, reclamando do reforço de preconceitos contra a
classe profissional.
Mas, muito mais do que o trabalho, o que conduz a série é a busca
das garotas por diversão, amor e,
principalmente, sexo.
Impossível não pensar em Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, de "Sex and the City", em versão britânica e classe média baixa.
Enquanto as protagonistas da
série americana ditavam moda e
comportamento, comprando caríssimos vestidos e sapatos (todo
mundo ficou sabendo o preço astronômico de um Manolo Blahnik...), as inglesas são um retrato
bem mais realista das trabalhadoras pobres, que carregam na maquiagem vulgar, ficam bêbadas
em festas de segunda linha e acordam na mesma casa cada uma
com um parceiro descoberto na
noite anterior.
No mais, o principal atrativo de
"No Angels" acaba ficando mesmo por conta de um ponto de vista que não é o tradicional americano, dominante nos seriados.
No Angels
Quando: amanhã, às 21h, na GNT
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