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Festival ocupa galpões e espera chuva
Planeta Terra, que acontece hoje em São Paulo, tem atrações como Kasabian, Rapture, Lily Allen e Vitalic em três palcos
Meteorologia prevê pancadas de chuva forte; com estacionamentos a R$ 30, organização recomenda uso de transporte público
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL
Armado no espaçoso terreno
(150 mil m2) de uma antiga fábrica de plásticos, misturando
galpões decadentes e áreas ao
ar livre, o festival Planeta Terra, que acontece hoje em São
Paulo com atrações como Kasabian, Lily Allen e Rapture,
pretende oferecer ao público
estimado em 15 mil pessoas
uma circulação confortável entre seus três palcos e "uma
grande área externa com pufes
e esteiras" para descanso.
Entre a intenção e a realização, o festival (e o público) vai
precisar lidar com a chuva: "A
previsão é de tempo nublado
com pancadas de chuva. Vai ser
um dia instável. Prevemos chuvas fortes", disse à Folha Kelen
Andrade, meteorologista do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe).
A Folha visitou na tarde de
anteontem a Villa de Galpões
do Morumbi, nome pomposo
para o abandonado e decadente conjunto industrial onde
acontece o evento, e confirmou
que, com chuva (como a que
caiu então, uma forte pancada
de meia hora), a situação pode
ficar precária.
O palco principal, onde cabem mais pessoas e se apresentam as principais bandas (veja
quadro ao lado), é ao ar livre, e
o deslocamento para os galpões
onde estão os outros dois palcos (que, somados, não comportam nem metade do público
total), além de bares e banheiros, é feito pelo exterior.
Dadas as previsões, capas de
chuva e talvez uma muda de
roupa seca (há um grande
guarda-volumes, cobrando R$
5 por volume) passam a ser
utensílios recomendáveis.
Menos mal que o terreno é
praticamente todo asfaltado,
com poucas áreas gramadas,
que podem ficar lamacentas.
Alguns galpões, no entanto,
têm goteiras.
Vagas caras
Para dar fluxo e evitar aglomerações, a entrada de público
(a partir das 15h) acontece por
dois portões em ruas perpendiculares à av. das Nações Unidas
-os ingressos estão marcados
com o portão de entrada.
Até ontem, havia sido vendido 70% da carga total de 15 mil
entradas. Se elas ainda estiverem disponíveis hoje, o público
pode comprá-las em bilheterias no próprio local do evento
(R$ 80, com meia-entrada).
A organização do festival recomenda que o público utilize
transporte público (ônibus,
trem) ou táxis para se deslocar:
além das diversas ruas bloqueadas para o trânsito, os seis bolsões de estacionamento privados no entorno cobrarão R$ 30
por vaga (há 6.000, no total).
Há ainda o deslocamento até
o local do evento, que pode ter
de ser feito sob chuva.
Palcos
A divisão do evento em três
palcos, com atrações que devem se apresentar simultaneamente -Lily Allen e Cansei de
Ser Sexy, Kasabian e Rapture,
por exemplo-, causou revolta
em parte do público, mas foi
elaborada dessa maneira (similar a dos grandes festivais internacionais) para evitar aglomerações e reduzir as chances de
atrasos por ajustes nos palcos.
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