São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2007

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Valorização do espaço público domina Bienal de Arquitetura

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma arquitetura para todos, que valoriza os espaços públicos e as práticas sustentáveis e que critica o consumismo e a especulação imobiliária. Grande parte dos projetos aderiu dessa forma ao tema "O Público e o Privado", da 7ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que é aberta hoje para convidados, às 18h.
Contando com nomes internacionais de peso, como o norte-americano Steven Holl e o espanhol Joan Busquets, além de salas especiais dedicadas aos brasileiros Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, a exposição tem curadoria coordenada por José Magalhães Júnior. Cerca de 1.200 projetos são exibidos.
O setor das representações nacionais é um dos segmentos que mais se guiou pelo tema da mostra. Áustria, Alemanha, França e Portugal são alguns dos pontos altos da seção. "É um tema muito apropriado, que se refere à qualificação do território e das cidades", afirma Nuno Grande, um dos curadores da sala portuguesa, que destaca projetos como uma estação de metrô no Porto, de Eduardo Souto de Moura.
"Hoje o público tem uma predileção por espaços privados, como shoppings, pela preocupação com a segurança, por exemplo. A estação de Souto difere disso, se encontra integrada ao centro histórico e criou uma nova centralidade." Um dos curadores da participação francesa, Rafael Maugrou, diz que os projetos apresentados se concentram principalmente em equipamentos culturais, como museus e teatros. "É um tipo de síntese do tema desta Bienal. Mostrar os projetos em transparências e em um espaço aberto também se relaciona com o que está sendo discutido", avalia ele.
A curadora da seção suíça, Lilli Hollein, escolheu o coletivo feld72, que expõe seus projetos de requalificação urbana em camisetas usadas por manequins. "A fronteira entre o espaço comercial e o espaço público está, cada vez mais, se mesclando", escreve ela na apresentação da sala. Entre os brasileiros, o catarinense Roberto Simon explica que privilegiou projetos "de várias escalas, de um café a um hospital, com práticas sustentáveis, como a reutilização da água, o uso racional da luz e a minimização do desperdício na construção". (MARIO GIOIA)


7ª BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO
Quando:
abertura hoje, às 18h (convidados); ter. a qui., das 12h às 22h; sex., sáb. e dom., das 10h às 22h; até 16/12
Onde: Pavilhão da Bienal (parque Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/11/3259-6866 e 0/xx/11/5576-7645)
Quanto: R$ 12



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