São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2011 |
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Instalações reconstroem 40 anos do Stagium Itaú exibe vídeos com as viagens do grupo KATIA CALSAVARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O Ballet Stagium celebra 40 anos com direção de Décio Otero, 77, e Marika Gidali, 74, o casal de bailarinos que, desde 1971, sonhava em profissionalizar sua arte e difundir a cultura brasileira. Nesse tempo, mais de 70 balés foram criados por Otero, diretor e coreógrafo residente, e 225 bailarinos ajudaram a construir a história da companhia. "Ocupação Ballet Stagium", no Itaú Cultural, traz vídeos, fotos e instalações. Grande parte dos registros em vídeo foi captada por Edgard Duprat, filho de Gidali, que ganhou uma câmera super-8 do padrasto na adolescência e gostava de filmar as andanças do grupo. Ele é um dos curadores do evento, ao lado de Pedro Markun e Carlos Gardin. Outro destaque é uma das características mais marcantes do Stagium: seu caráter itinerante e social. É possível sentar numa poltrona de ônibus e embarcar nas imagens captadas em viagens, bem como entrar numa "sala de aula" e ver lições antigas. Em 1974, Gidali e Otero dançaram em um tablado armado no convés de uma barca que navegou pelo rio São Francisco. O projeto percorreu dezenas de cidades ribeirinhas por 15 dias. Em 1977, foi a vez de tribos do Alto Xingu abrirem clareira para receber coreografias como "Concerto de Ebony" e "Adagietto" (ambas de 1973). Balés como "Kuarup ou a Questão do Índio" (1977), "Coisas do Brasil" (1979), "Uirapuru" (1983), "Pantanal" (1986) e "Adoniran" (2010) são apenas alguns que integram o vasto repertório dedicado à cultura nacional. Após essas duas grandes viagens pelo país, os fundadores nunca mais deixaram de ir além das cortinas dos teatros do eixo Rio-SP. Pátios de escolas, presídios, hospitais e clubes fizeram parte de seus programas. "O bailarino que trabalha conosco sabe que vai enfrentar todo tipo de palco e vai sair transformado", diz Gidali. OCUPAÇÃO BALLET STAGIUM QUANDO de ter. a sex., das 9h às 20h; sáb. e dom., das 11h às 20h ONDE Itaú Cultural (av. Paulista, 149, tel. 0/xx/11/2168-1777) QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO livre Texto Anterior: Crítica/Música erudita: Nova OSB mostra bom potencial na estreia Próximo Texto: Contardo Calligaris: Homofobia e homossexualidade Índice | Comunicar Erros |
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