São Paulo, segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

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Crítica

O melhor da história ficou de fora de "2 Filhos"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Existe uma aspiração nacional à harmonia que, em termos de produção cinematográfica, Adhemar Gonzaga captou e tentou levar adiante em sua Cinédia primeiro de todos.
Essa aspiração sempre contribuiu muito para a falta de conflito em nossos filmes: não é um problema de roteiro, é uma questão de elidir os conflitos, de fechar as coisas no tapa, se necessário, para não aprofundá-las. Ela desapareceu com o cinema novo e retornou com a retomada dos anos 90.
"2 Filhos de Francisco" (Canal Brasil, 22h) é um cinema da harmonia, de um mundo em que tudo se resolve a contento. O primeiro terço do filme, o melhor, é o do Brasil real: dois meninos cantando numa estação rodoviária ou rodando pela estrada com um estranho.
O filme opta por centrar fogo, depois, na convencional busca e obtenção do sucesso. Por alguma razão, suspeito que o melhor dessa história -a formação de bons cidadãos, independente do sucesso- não foi tocada pelo filme.


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