São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

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Convite a Panahi já foi uma crítica à censura

DA ENVIADA A BERLIM

A entrevista para a apresentação dos jurados da 61ª edição do festival de Berlim, na manhã de ontem, foi marcada por uma ausência.
O nome de Jafar Panahi, mantido impresso na mesa, foi o mais repetido pela imprensa internacional que lotou a sala do hotel Hyatt.
Em vez de sete, serão seis os responsáveis pela avaliação dos 16 longas-metragens que irão competir pelo Urso de Ouro.
"Convidar Jafar Panahi, mesmo sabendo o quanto seria difícil ele vir, já foi uma maneira de a Berlinale se manifestar contra a censura", disse a atriz Isabella Rossellini, presidente do júri.

MANIFESTAÇÕES
"O caso do Irã chama a nossa atenção neste momento, mas a censura se repete, com frequência, em diferentes lugares do mundo", enfatizou outro integrante do júri, o ator e diretor indiano Aamir Khan.
As manifestações de repúdio à perseguição iraniana, a Panahi e a outros artistas menos célebres têm se repetido em todos os grandes festivais do mundo.
Em Cannes, em maio do ano passado, Abbas Kiarostami declarou que a arte em seu país estava encarcerada. O filme que apresentara então, "Cópia Fiel", apesar de não ter qualquer conotação política, foi proibido no Irã porque a atriz principal, Juliette Binoche, aparece com o pescoço nu.
(APS)



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