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OUTRO LADO
Miro Teixeira diz que licitação não será necessária
DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, deu duas
entrevistas à Folha sobre seus
planos para a TV digital.
Na primeira, em 19 de fevereiro, afirmou que faria licitação para definir quem faria a
pesquisa de TV digital. Mas no
dia 25, disse que o procedimento seria desnecessário, já que
constituiria um consórcio, formado pelos institutos de pesquisa CPqD, Genius, universidades e outros interessados. "E
o projeto deixará claro que os
direitos autorais são da União."
O ministro negou que a escolha do Genius tivesse relação
com o fato de Eugênio Staub
(presidente da Gradiente, que
criou o instituto) ter apoiado
Lula. "Para mim [isso não gera
mal-estar] nenhum, porque eu
e o senhor Staub sabemos que
nunca havíamos nos falado antes de eu anunciar a idéia."
Miro também falou sobre a
independência do Genius em
relação à Gradiente. "O Genius,
ao que me consta, surgiu de associação da Nokia e Gradiente
e, depois, a Gradiente saiu e hoje é auto-sustentado. Mas, ainda que fosse [vinculado], não
teria embaraço. Adoraria que
empresas brasileiras tivessem
institutos de pesquisa."
O ministro afirmou também
ser importante o fato de o instituto já ter desenvolvido pesquisas na área. De acordo com ele,
outros interessados poderão
participar do projeto. "A Abert
[associação de TV] quer participar e acompanhar. Vai participar e acompanhar. Li [artigo de] um professor de Campina Grande que acha caro o orçamento do CPqD. Mandei chamá-lo."
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