|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CPT completa 20 anos com
o encenador
DA REPORTAGEM LOCAL
Logo após a primeira montagem de "Macunaíma"
(1978), Antunes Filho estreita
sua relação com o Sesc São
Paulo. Em 1982, a entidade
cria o Centro de Pesquisa
Teatral (CPT), na unidade
Sesc Consolação, até hoje sob
coordenação do encenador.
Entre os pontos que conduziram o projeto em seus primeiros passos, estavam a discussão da produção teatral
brasileira, a formação de atores e técnicos e a discussão da
prática teatral e busca de novos caminhos.
Dos três grupos que compartilharam a base do CPT
nos anos 80, o Novo Horizonte (dirigido por Luiz Henrique), o Boi Voador (por Ulysses Cruz) e o Macunaíma (antes Pau Brasil, pelo próprio
Antunes), apenas este seguiu
adiante e se mantém autônomo. Daí a dobradinha CPT/
Macunaíma em produções
como "Macbeth - Trono de
Sangue" (92), "Gilgamesh"
(95) e a atual "Medéia".
Além de servir de espaço
para gestação dos espetáculos, o CPT tornou-se referência no Brasil quanto à formação de artistas com base humanista, como diz Antunes.
Os cursos anuais de introdução ao método de ator e os
laboratórios de cenografia e
dramaturgia são disputados
por candidatos vindos de vários Estados, a maioria estudantes de artes cênicas.
Mas há casos como o de Geraldo Mário, metalúrgico e
ator que ingressou no CPT
sem nunca ter ouvido falar de
Antunes e continua na casa.
Dois artistas ajudaram a
projetar a imagem do CPT, o
ator Luís Melo e o arquiteto e
cenógrafo J.C. Serroni. Após
11 anos no CPT, Serroni inaugura, em 1998, o Espaço Cenográfico na região central de
São Paulo, ao lado do teatro
Eugênio Kusnet, o Arena.
Melo, que atuou por dez anos
com Antunes e experimentou
a TV, inaugurou em 2000 o
seu Ateliê de Criação Teatral
(ACT) em Curitiba.
(VS)
Texto Anterior: Cinema: Longa traduz carreira de Antunes Filho Próximo Texto: Musical "A Bela e a Fera" estréia em 20 de junho no teatro Abril Índice
|