Entidades que reúnem profissionais da moda, da publicidade e da comunicação na França assinaram anteontem, com a ministra da Saúde do país, Roselyne Bachelot, uma "carta de compromisso voluntário" em que todos se engajam a não aceitar "a difusão de imagens de pessoas que contribuam para promover um modelo de extrema magreza".
A carta-compromisso foi firmada pela Federação Francesa do Prêt-à-Porter Feminino, a União Francesa da Indústria do Vestuário, o Escritório de Controle da Publicidade e o Sindicato de Agências de Modelos, entre outras organizações.
Ela é resultado de um ano de trabalho do grupo Anorexia e Imagem do Corpo, criado em janeiro de 2007, sob os auspícios do Ministério da Saúde, após uma polêmica sobre a excessiva magreza das modelos que desfilam em Paris.
É a resolução mais firme contra a anorexia já tomada na França, onde a doença afeta entre 30 mil e 40 mil pessoas.
Ao mesmo tempo, a deputada Valérie Boyer (do partido UMP, o mesmo do presidente Nicolas Sarkozy) apresentou à Assembléia Nacional francesa um projeto de lei que pune com dois anos de prisão e multa de 30 mil (R$ 80 mil) quem incitar à magreza excessiva.


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