São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2008

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Crítica

Cassavetes faz filme de gângster fácil e original

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Para se ter idéia de como John Cassavetes era bom diretor, basta lembrar que seu "Glória" (TCM, 22h) teve um remake feito por Sidney Lumet, que não é nenhum bobo, 20 anos depois, por volta do ano 2000, e que é quase impossível comparar os dois filmes.
Na verdade, "Glória" não é um grande filme. É, sobretudo, um filme fácil de ver (o que nem sempre acontece com Cassavetes), com uma aparição magnífica de Gena Rowlands (o que sempre foi freqüente).
Ali ela é uma garota de gângster que, tendo testemunhado o assassinato dos vizinhos, decide tomar conta do filho do casal, que havia sobrevivido ao massacre.
Evidentemente, ela se torna uma personagem incômoda para os mafiosos.
Cassavetes entra no mundo dos gângsteres por um lado tanto original como inesperado. Mas é a garota (ex-prostituta, como quer a convenção) quem mais vai surpreender, a nós e à bandidagem: vai se revelar uma pessoa, não uma personagem.


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