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FILMES
TV PAGA
Especial retrata o amor em laboratório
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os casais procuram o laboratório de John Gottman na esperança
de descobrir o potencial de durabilidade de seu relacionamento. O
que recebem de volta é uma boa
dose de bom senso. Pelo menos é
o que se nota a partir do documentário "O Laboratório do
Amor", primeiro de um pacote de
três que compõem uma programação especial do canal Discovery Health para este sábado, Dia
dos Namorados.
Gottman, que é da Universidade de Washington em Seattle
(EUA), ganhou notoriedade ao
afirmar que é capaz de prever
com 94% de precisão o desfecho
de um relacionamento, depois de
acompanhar alguns minutos de
conversa do casal, que são compilados em estatísticas e inseridos
num modelo matemático.
Embora esse aspecto "exato" de
seu trabalho tenha sido o passaporte para a fama, o enfoque do
documentário é bem diferente.
Ele descreve apenas por alto os
métodos aplicados pelo psicólogo
e sua equipe; o foco central na verdade é a história de quatro casais,
que se voluntariaram para participar dos experimentos.
O "Love Lab" de Gottman consiste basicamente num apartamento cenográfico, com câmeras
espalhadas por todos os cômodos, que os casais são convidados
a habitar por algumas horas ou
dias, enquanto são observados.
São realizados testes em que um
casal tenta resolver uma discussão que já causou atrito entre os
dois durante 15 minutos, enquanto a equipe anota as reações e monitora funções como batimentos
cardíacos e pressão sangüínea.
Muito mais do que explicar a
base científica do trabalho, o documentário se preocupa em mostrar como os casais reagem ao experimento. Ao final do "tratamento", o psicólogo faz uma sessão de aconselhamento, com base
no que viu. Mas, ao menos nos
quatro casos mostrados, ele não
faz os tais prognósticos com mais
de 90% de probabilidades de
acerto. Em vez disso, apenas oferece potenciais caminhos por onde os casais poderiam trabalhar
seus relacionamentos.
No fim das contas, o sabor do
documentário acaba ficando mais
no nível empático do que no informativo. É uma oportunidade
para refletir, usando os exemplos
retratados como uma espécie de
espelho da própria vida -mas
nada que sugira que alguém já decifrou a indecifrável fórmula dos
relacionamentos bem-sucedidos.
Além de "O Laboratório do
Amor", o especial temático do
Discovery Health inclui ainda outros dois programas, um sobre
verdades e mentiras por trás dos
afrodisíacos e outro sobre a evolução do ato de beijar.
O LABORATÓRIO DO AMOR. Quando:
amanhã, às 13h, no Discovery Health.
Música contra racismo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É difícil entender o que
aconteceu com a carreira de
Francis Ford Coppola desde "Apocalypse Now". Ele
alternou bons e maus filmes. Nada tão poderoso
quanto "Apocalypse" ou "O
Poderoso Chefão", claro.
Mas alguns de seus bons
momentos fracassaram rotundamente. O melhor deles é "Tucker". Outro não
desprezível é "Cotton
Club" (A&E Mundo, 22h),
em que Coppola volta aos
anos 20/30 para contar a
história de um night club e,
através dela, a da música
negra e também da ligação
entre músicos e gângsteres.
Mais do que tudo, o clube
do Harlem era um lugar em
que um branco, como Richard Gere, podia entrar e
tocar. Ou seja, era um lugar
em que o racismo era posto
entre parênteses pelo sublime da música e pelo não tão
sublime da bebida em tempo de Lei Seca.
Pagemaster - O Mestre da Fantasia
SBT, 14h30.
(The Pagemaster). EUA, 1994, 76 min.
Direção: Maurice Hunt, Joe Johnston.
Com Macaulay Culkin, Christopher Lloyd.
Garoto que não morre de amores pelos
livros refugia-se em uma biblioteca por
conta de uma tempestade. Ali,
encontrará o bibliotecário, que o
introduzirá às páginas de um livro cheio
de aventuras. Um filme infantil ou uma
indireta dirigida à meninada?
Double Dragon
Globo, 15h45.
EUA, 1994, 98 min. Direção: James
Yukich. Com Robert Patrick, Mark
Dacascos. No ano de 2007, após terrível
terremoto, Los Angeles vive em pleno
caos, com gangues rivais tentando
tomar conta do pedaço etc. etc.
Pecado Original
SBT, 22h30.
(Original Sin). EUA, 2000, 112 min.
Direção: Michael Cristofer. Com Antonio
Banderas, Angelina Jolie. Um solitário e
rico Banderas arranja casamento com
mulher americana. Quando ela chegar,
ficará deslumbrado com ela. Depois,
descobrirá que ela não é propriamente
uma mulher de bem. Convém mais
esperar pela exibição, algum dia, de "A
Sereia do Mississipi", que François
Truffaut adaptou do mesmo romance de
Cornell Woolrich. Inédito.
Rocco Papaleo
Bandeirantes, 1h30.
(Permettete? Rocco Papaleo). Itália,
1971, 120 min. Direção: Ettore Scola.
Com Marcello Mastroianni, Lauren
Huton. Rocco é um imigrante italiano
nos EUA que sofre com o frio e a
indiferença das pessoas. Ele encontrará
consolo, mas o filme tem um tom de
crítica choraminga aos EUA que não
ajuda. Mas é Scola, com Mastroianni etc.
Intercine
Globo, 1h45.
As opções são "Romeu e Julieta" (1996,
de Baz Luhrmann, com Leonardo
DiCaprio, Claire Danes) e "O Espelho Tem
Duas Faces" (1996, de Barbra Streisand,
com Barbra Streisand, Jeff Bridges,
Lauren Bacall).
Creepshow - Arrepio do Medo
SBT, 2h40.
(Creepshow). EUA, 1982, 85 min.
Direção: George A. Romero. Com Hal
Holbrook, Adrienne Barbeau. Cinco
episódios de horror escritos por Stephen
King e dirigidos por George Romero.
Homenagem às histórias em quadrinhos
dos anos 50 e um filme que se distingue.
Assassinato por Traição
Globo, 2h50.
(Till Murder Do Us - Part 2). EUA, 1992.
Direção: Dick Lowry. Com Meredith
Baxter-Birney. Mulher decide matar o
marido, que a humilhou durante o
processo de divórcio.
A Tribo dos Krippendorf
SBT, 4h10.
(Krippendorf's Tribe). EUA, 1998, 94 min.
Direção: Todd Holland. Com Richard
Dreyfuss, Jenna Elfman. Depois de torrar
o dinheiro de uma bolsa, antropólogo
descobre, às vésperas da data em que
tem de entregar um filme sobre sua
pesquisa, que a tribo que deveria ter
estudado não existe.
(IA)
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