São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Crítica

"Olga" vai do mau melodrama à franca galhofa

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É no campo de concentração nazista, quando recebe sua filha e está prestes a sair, que Olga Benário ouve frase fatal, dita por uma guarda, segundo a qual deve conferir o que está recebendo (a filha), "pois não aceitamos reclamações posteriores".
Estamos em "Olga" (Canal Brasil, 0h30), no momento preciso em que o filme deixa de ser um mau melodrama para entrar francamente no terreno da galhofa. Pois dos nazistas sabemos que não eram de aceitar reclamações -e raramente existia a possibilidade de serem posteriores.
Aqui, no entanto, existe um misto de respeito e violação ao Código do Consumidor. Como se ele existisse àquela altura dos acontecimentos, como se o nazista tratasse as suas vítimas como um comerciante grosseiro.
De certa forma, essa cena resume a incompreensão cósmica de "Olga" em relação à história, a seus personagens e a suas circunstâncias. O que sobra? Um novelão vergonhoso, sem nada a dizer.


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