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Festival reúne estrelas teen do folk
Mallu Magalhães e Stephanie Toth são atrações de evento que acontece de hoje a sexta no palco do Sesc Vila Mariana
Dois lados da adolescência, a inocência e a insatisfação, se encontram nas letras das músicas das jovens cantoras brasileiras de 15 e 16 anos
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde o começo do ano, Mallu Magalhães e Stephanie Toth
são colocadas na mesma cena.
Afinal, ambas são cantoras e
adolescentes. Mas as duas não
poderiam ser mais diferentes.
As músicas de Mallu Magalhães, 15 sólidos anos, são feitas
a partir de melodias pop e, retrato de qualquer adolescente,
transpiram inocência e felicidade. As de Stephanie Toth, 16
experientes anos, beiram a melancolia e, retrato de qualquer
adolescente, mostram-se deslocadas, insatisfeitas.
Mallu e Stephanie estão
(mais ou menos) juntas no festival "As Minas do Folk", que
acontece de hoje a sexta no auditório do Sesc Vila Mariana,
em São Paulo.
Stephanie se apresenta hoje,
às 20h30; Mallu, amanhã, também às 20h30. O evento é encerrado por Bluebell (ou Bel
Garcia, 30 anos, cantora de
uma geração anterior) na sexta,
no mesmo horário.
Mallu Magalhães e Stephanie
Toth começaram a ficar conhecidas em janeiro. A primeira, ao
abrir, em São Paulo, show do
grupo cuiabano Vanguart; a segunda, ao participar de um festival da Cultura Inglesa.
Em menos de seis meses,
Mallu Magalhães tornou-se um
minifenômeno do pop brasileiro. Fez shows concorridos em
várias cidades do país (Brasília,
Cuiabá, Goiânia), estrelou programas de TV e tem uma música ("J1") que serve de trilha para um comercial de uma empresa de telefonia celular.
Em poucos meses, sua vida
mudou completamente. "Não
tenho tempo para fazer outras
coisas, mas o que eu mais gosto
de fazer não são as outras coisas. Tô aproveitando, né?"
Na escola -uma das coisas de
que ela não gosta-, os amigos
do primeiro ano do ensino médio conhecem suas músicas. "O
pessoal do colégio antigo não
reagia bem. No colégio novo é
bem legal. Colocam minhas
músicas no iPod... Eu agradeço,
fico meio sem ter o que falar..."
Mallu adora folk -é fã de Bob
Dylan, do qual está ouvindo o
clássico "Blood on the Tracks"
(1975). O que mais ela está ouvindo? "O "Magical Mystery
Tour", dos Beatles, e Curtis
Eller. Ele é um cara de bigode e
toca banjo. É demais!"
No show de amanhã, Mallu
cantará uma faixa nova ("It Takes Two to Tango"), além de
dois covers dos Beatles: um de
"I've Just Seen a Face" e outro
"surpresa, para fechar o show".
Só em inglês
Com sete músicas próprias,
Stephanie Toth também tocará
alguns covers. Um de Elliott
Smith, um do Bright Eyes
-dois ídolos-, um do Belle &
Sebastian e um "surpresa".
Na maior parte do show, Stephanie se apresenta sozinha,
com violão; em algumas faixas,
é acompanhada por Eduardo
Ramos (baixo, banjo, sanfona).
A maioria de suas faixas estão
no www.myspace.com/stephanietothmusic (todas em
inglês). "Só sai em inglês, não
consigo fazer em português..."
Em sua turma, no terceiro
ano do ensino médio, são poucos os que sabem que ela é dona de canções como "The Size
of a Buick" e "Grey Is the New
Green". "O pessoal do colégio
não entende nada de música,
não significa nada para eles. Só
conto para os mais próximos."
Música, especialmente aqueles feitas por Conor Oberst, do
Bright Eyes, significam muito
para Stephanie. "As letras dele
me ajudam muito. São como
uma terapia", conta a cantora.
AS MINAS DO FOLK
Quando: de hoje a sexta, às 20h30
Onde: Sesc Vila Mariana (r. Pelotas,
141; SP; tel. 0/xx/11/5080-3000; 12
anos)
Quanto: de R$ 3 a R$ 12
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