São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"House" alucina e tem de sair de cena

SYLVIA COLOMBO
EDITORA DA ILUSTRADA

O extravagante dr. Gregory House ficou célebre por não tratar a prática médica como missão nobre. Salvar vidas ou amenizar a dor dos que sofrem não estão entre suas prioridades. O protagonista de "House", cujo último capítulo da quinta temporada vai ao ar hoje, não se está nem aí para os pacientes.
Para ele, ser médico não é ofício, é vício. Misantropo ao extremo, é na solução de diagnósticos difíceis, verdadeiros quebra-cabeças, que ele encontra, se não prazer, um modo de amenizar o próprio sofrimento.
Porém, se até aqui a "razão" imperava sobre suas "emoções", uma reviravolta causará um curto-circuito em sua antipática, mas sempre charmosa, personalidade (quem não quiser ler "spoilers", pare aqui). Alucinações e falhas inaceitáveis para seus padrões mostram que o abuso de Vicodin, entre outras coisas, andaram danificando seu cérebro.
O fiel amigo Wilson toma, então, uma decisão drástica para salvá-lo. E, ao som de "As Tears Go By", despede-se do amigo às portas do que pode ser o caminho para sua cura.
A sexta temporada da série começa no final deste ano, nos EUA. Até lá, fica a dúvida: vamos ou não reconhecer o bom e velho House quando voltar ao convívio no mundo real?


HOUSE

Quando: hoje, no Universal, às 23h
Classificação: não indicado a menores de 12 anos
Avaliação: ótimo




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