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Strokes voltam ao palco após quatro anos, em Londres
Fãs travam batalha virtual para conseguir lugares
na casa noturna com capacidade para 550 pessoas
Ingressos se esgotaram em oito minutos e aumentaram 3.000% em site; velhos hits embalaram noite
JÚLIA FRATE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE LONDRES
Os Strokes anteciparam o
retorno aos palcos em um
show surpresa anteontem,
em Londres.
A casa noturna Dingwalls,
que comporta 550 pessoas,
anunciou que o evento seria
da banda Venison, os The
Shitty Beatles e que os ingressos só poderiam ser comprados on-line.
Na terça, porém, os Strokes divulgaram no Twitter
que estavam na cidade, dando pistas de que se apresentariam naquele bar.
Em questão de segundos,
os fãs já estavam preparados
para a batalha virtual que se
iniciaria a seguir.
A carioca Patricia Claper,
28, convocou um grupo de
amigos para tentar comprar
ingressos, "mas estava impossível". Com 10 mil acessos, o site do bar teve problemas técnicos, e os 400 convites se esgotaram em apenas
oito minutos.
Na porta da casa, ingressos, inicialmente vendidos
por 10 libras (aproximadamente R$ 26,60) eram oferecidos a 100 libras e, no eBay,
estavam sendo leiloados a
300 libras.
Nem mesmo a imprensa
podia ser credenciada. A Folha teve acesso ao show graças a um funcionário da casa, brasileiro.
NADA DE NOVO
Uma hora e meia depois da
abertura das portas, sob gritos da plateia, Julian Casablancas finalmente apareceu
no palco com a turma.
Abriu a noite com "New
York City Cops", seguida por
"Modern Age" e "Hard to Explain". Mas não tocou nenhuma música nova.
Chris Martin, vocalista do
Coldplay, estava lá e disse:
"Foi incrível. Senti falta das
faixas novas, mas sou paciente, posso esperar".
O ator norte-americano
Danny Masterson (o Steven
de "That 70's Show") foi a
Londres só para assistir à
banda. "Já ouvi as músicas
novas e são ótimas, mas um
show não precisa de novidades para ser bom", afirmou.
Mas nem todos concordavam com os dois e, na plateia, ouviam-se comentários
irônicos. "Eles quase não tiveram tempo para criar algo
novo. Afinal, quatro anos
não é o suficiente para isso."
Apesar do calor, o público
pulou e cantou as canções do
começo ao fim. O sucesso
"Last Night" foi um dos últimos da noite, encerrada por
"Take It or Leave It".
"Vai ficar para a história",
disse Patricia, que conseguiu
entrar para o bis depois de
horas de espera.
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