São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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Carreira do ator é um trailer do cinema nacional

DA REPORTAGEM LOCAL

Se "o Rio de Janeiro é um trailer do Brasil", como diz o cineasta Cacá Diegues, Paulo César Pereio é um resumo possível do cinema nacional.
Desde que fincou seus pés na sétima arte, no seminal "Os Fuzis" (1964), de Ruy Guerra, Pereio não mais se desassociou das ondas de ascensão e queda da produção de cinema no Brasil.
Ele pode ser visto na inventiva narrativa ao arrepio dos cânones de "Bang Bang" (1973); no grande momento do documentário brasileiro que é "Iracema, uma Transa Amazônica" (1976); ao lado dos mais reconhecidos cineastas nacionais -Glauber Rocha, Walter Lima Jr., Hector Babenco, Diegues.
Nem sempre manteve com diretores e técnicos amistosas relações no set. Deu-se o direito de ataques de estrela, até submergir no vácuo que foi a produção erótica dos 80 e a exígua atividade dos 90.
E eis que Pereio flutua revalorizado nas homenagens de cineastas cinéfilos como Patrícia Moran ("Plano Seqüência", 2002), para desaguar em "Harmada", longa ainda inédito de Maurice Capovilla, outro que volta a soltar o verbo depois de longo silêncio. A ver e ouvir.
(SILVANA ARANTES)



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