|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Maracanã recebe Rei em palco nobre
Cantor se apresenta no histórico estádio pela primeira vez na carreira
Repertório terá músicas das últimas cinco décadas; Roberto Carlos receberá ainda os amigos e parceiros Erasmo e Wanderléa
AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO
Ele vai chegar às 16h no Maracanã, mas seu show está programado para 21h30 -e Roberto Carlos só vai cantar mesmo
às 22h. O Rei, diz o maestro
Eduardo Lages, anda "ansioso,
muito cuidadoso e nervoso"
com a apresentação no Maracanã, hoje à noite.
Não que o repertório seja novo. Roberto vai cantar as mesmas músicas da turnê que fez,
nos últimos meses, pelo Norte
e pelo Nordeste do país.
São 17 números, vários com
pot-pourris, ou cerca de 25 músicas ao todo. Algumas, é fato,
ele voltou a cantar só agora, depois de 30 anos, como "Quando", de 1967, e "Do Fundo do
Meu Coração", de 1986.
No mais, será um mix dos 50
anos de carreira do cantor, da
Jovem Guarda à fase religiosa.
Os amigos Erasmo e Wanderléa serão os únicos convidados.
Vão cantar "Sentado à Beira do
Caminho" e "Ternura".
O Rei está ansioso, enfim, só
por ser "muito exigente". "Ele
está nervoso porque quer que
saia tudo bem. Mas, por outro
lado, está tranquilo, porque sabe que tem uma estrutura grande e que somos uma equipe entrosada", diz Lages.
A estrutura inclui 500 m2 de
palco, com sete telões -três no
palco, um deles com 200 m2, e
quatro no gramado-, mais de
800 pontos de luz no estádio,
350 mil watts de som, 200 m de
cortina de led (componentes
de emissão de luz incrustados
num tecido preto) e 50 m de
"abertura de boca" do palco.
"É uma coisa monstruosa.
Nem o palco da Madonna tinha
essa abertura de palco", garante Genival Barros, chefe de som
e de luz dos shows do Rei há 44
anos. Cerca de 6.000 pessoas
trabalham na montagem do
palco, coberto com uma estrutura acrílica que lembra a forma de uma concha acústica.
Vestindo terno Ricardo Almeida, o estilista do presidente
Lula, o Rei deverá surgir no
show de calhambeque. Testaria
a performance anteontem e
ontem para, enfim, decidir.
"Ele acompanha cada passo.
Não significa que esteja sempre no Maracanã [três ensaios
estavam previstos no estádio],
olhando tudo de perto. Mas o
Roberto sabe de tudo", diz Roberto Talma, que dirige os especiais de fim de ano do cantor
na Globo e também o show no
Maracanã.
Para a transmissão ao vivo da
emissora, 16 câmeras e um helicóptero serão usados. Patrícia
Poeta, apresentadora do "Fantástico", vai "ancorar" o show.
Ela irá convidar pessoas da plateia para ir ao palco num karaokê, chamado de "esquenta"
pela Globo, que pode ser usado
na abertura do show na TV.
Até ontem, não se sabia o que
seria feito durante os intervalos. "Talvez ele converse com a
plateia", dizia Genival Barros.
"Pensamos em cronometrar o
intervalo para incluir uma música. Assim, no Maracanã, o público veria um show corrido",
apostava o maestro Eduardo
Lages. O Rei ainda vai decidir.
Texto Anterior: Próximo de Borges sai neste mês Próximo Texto: Músico tem rede de proteção na Urca Índice
|