São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2010

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O furacão Sayad

À frente da Cultura, o economista corta atrações , renova diretoria, enfrenta conselho e lida com incêndio derivado das mudanças nos bastidores da TV

Filipe Redondo/Folhapress
João Sayad, ex-secretário da Cultura de SP e atual presidente da Fundação Padre Anchieta

MORRIS KACHANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ele foi o principal articulador do afastamento de John Neschling, quando à frente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).
Também deu um chega para lá em Paulo Markun, em abril deste ano, para assumir a presidência da Fundação Padre Anchieta.
Seu desafio agora? Restituir a credibilidade que a TV Cultura já teve. Não importa que seus críticos o julguem desqualificado para assumir o posto, pela falta de familiaridade com o meio televisivo.
João Sayad dá as costas e com astúcia lhes responde: "Mas esta é justamente minha vantagem, a de ser um "outsider". Eu não poderia reformular a Cultura se fosse deste meio, com todas as suas doutrinas, pois teria um vínculo afetivo com as coisas", diz o presidente, em entrevista à Folha.
A dança das cadeiras já começou. Dois programas foram extintos, três, reformulados e três novos estão a caminho. Nem a diretoria escapou. Sayad nomeou dois vice-presidentes e transformou o corpo diretor em uma instância do terceiro escalão.
"Até para comprar passagem para o Rio eu preciso pedir autorização", queixa-se um deles. O último desafio foi a sabatina a que Sayad foi submetido na última reunião do conselho curador da entidade, anteontem. Embora quase nunca o exerça -salvo em situações históricas como as tentativas malufistas de aparelhar a TV-, o conselho tem poder de veto.
Saiu-se bem da sabatina e com aval para levar adiante suas ideias, pelo menos pelos próximos seis meses. Houve porém algumas ressalvas. Importantes.


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