BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

O dia 11 de setembro será sempre lembrado como efeméride de atos políticos como o maior atentado terrorista aos EUA ou a deposição do presidente chileno Salvador Allende (1908-1973).
Por isso, passa quase na surdina os 30 anos da primeira entidade brasileira a congregar cineastas, a Associação Brasileira dos Documentaristas (ABD). Um dos fundadores, Orlando Bonfim, conta, no "Em Foco" (Canal Brasil) -dedicado ao aniversário-, que o surgimento da entidade foi inspirado pelo momento histórico.
"Era um sonho, a luta do cinema brasileiro contra a hegemonia do cinema norte-americano", diz no especial. Com o passar dos anos, a ABD tornou-se um órgão pautado pela discussão do cinema brasileiro ao representar cineastas emergentes e propor políticas culturais que beneficiem o curta-metragem feito no país.
O especial destaca que a maior conquista da entidade -a aprovação, em 1979, da Lei do Curta, que prevê a exibição de um curta nacional nos cinemas antes de um longa-metragem estrangeiro- não é cumprida.
Além do especial, o canal exibe uma seleção com alguns dos curtas que marcaram a associação. Não são apenas documentários, como o nome faz supor -o programa relata que, nos anos 70, curta-metragem era quase sinônimo de documentário.