|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÚSICA
Serão apresentadas 28 obras de autores nacionais
Osesp divulga seu
programa de 2000
JOÃO BATISTA NATALI
da Reportagem Local
A Osesp (Orquestra Sinfônica
do Estado de São Paulo) anunciou para o ano que vem 34 programas de câmara ou sinfônicos,
de que participarão 48 solistas, 21
deles estrangeiros. Entre os 13 regentes convidados estará Kurt
Masur, 72, atual diretor da Filarmônica de Nova York.
Masur apresenta-se em agosto,
dirigindo duas sinfonias, ambas
com o número 4 -a de Felix
Mendelssohn ("Italiana") e a de
Anton Bruckner ("Romântica").
O secretário da Cultura do Estado, Marcos Mendonça, e o diretor
artístico da orquestra, John Neschling, também anunciaram a
criação de assinaturas para a comercialização dos ingressos.
A programação foi dividida em
quatro séries, com oito ou nove
concertos. As assinaturas mais
baratas custarão R$ 80,00, e as
mais caras, R$ 270,00.
A orquestra, reformulada em
1997 e que tem atraído em média
1.100 pessoas para cada uma de
suas duas récitas semanais, está
desde julho instalada na Sala São
Paulo, na Estação Júlio Prestes,
centro paulistano.
Esse recente fenômeno cultural
foi mantido, em 1999, com uma
dotação de R$ 9,5 milhões. Ela deverá, disse Mendonça, passar para R$ 11,5 milhões em 2000. A
atração de patronos da iniciativa
privada, o aluguel da sala e mais
bilheteria e assinaturas poderão,
segundo ele, cobrir 40% desse novo orçamento.
Por mais que se trate de uma
dotação de tamanho inédito na
história das orquestras sinfônicas
brasileiras, disse Neschling, a
quantia corresponde a apenas 8%
do que é anualmente gasto pela
Filarmônica de Nova York.
Para o ano que vem, a orquestra
estará interpretando 28 obras sinfônicas ou de câmara de 23 compositores brasileiros, dos mais conhecidos, como Villa-Lobos e
Marlos Nobre, aos menos executados, como Lindembergue Cardoso e Luciano Gallet.
Eles integram um painel de partituras, que recebeu como título
"Criadores do Brasil", e serão interpretados no quadro das comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil.
Um dos painéis, em março,
com Guerra Peixe e Gnatalli, será
regido por Isaac Karabtchevsky,
diretor do Municipal de São Paulo e do La Fenice, de Veneza.
Do repertório sinfônico europeu haverá três sinfonias de Mahler, duas de Chostakovich e quatro de Beethoven. Dez obras programadas nunca ou raramente
foram interpretadas no Brasil, como a "Quarta", de Nielsen, ou o
"Concerto para Violino e Orquestra", de Ligeti.
John Neschling anunciou que
no ano que vem a Osesp se apresentará em Porto Alegre, Brasília
e Belo Horizonte, fazendo ainda
sua primeira turnê latino-americana, passando palas cidades de
Lima, Buenos Aires, Córdoba e
Mar del Plata.
Entre os planos de mais longo
prazo, o diretor artístico da orquestra disse que em 2001 há convites para gravações em negociação. Um deles, com a Sony, prevê
a difusão de música sinfônica brasileira e o acompanhamento de
solistas como o violoncelista Yo-Yo Ma ou o violonista John Williams. A Marco Polo, gravadora
de Hong Kong, propõe uma série
com Carlos Gomes e Villa-Lobos.
Há ainda entendimentos com a
BMG e a Erato.
Texto Anterior: Cinema: "Sunshine", de István Szabó, lidera disputa do oscar europeu Próximo Texto: Crítica: Montserrat Caballé salva o concerto no Teatro Municipal Índice
|