São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 2002

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BARBARA GANCIA

Doris Giesse está sem dinheiro para comprar remédio

Sabe quando a CBF fica com cara de "Zorra Total"? Quando envia faxes com a programação do Campeonato Brasileiro para as emissoras de TV e, lá no pé da página, faz as seguintes e textuais recomendações: "1) Solicitamos aos srs. árbitros adquirirem passagens aéreas com o maior desconto possível. 2) Voltamos a recomendar especial atenção aos árbitros no preenchimento de súmulas, (...) que continuam sendo enviadas com imperfeições". Não parece organização de campeonato de botão? Solicitamos aos srs. árbitros que bebam ki-suco em vez de Fanta, porque sai mais em conta! Coisa de louco!
Aliás, coisa de louco, mas louco mesmo, são as atrações que Márcia Goldschmidt anda apresentando. Posso estar delirando, mas tenho certeza de que, na semana passada, Márcia Mico-leão-dourado, como é carinhosamente conhecida por seu público, exibiu um quadro com uma menina que tinha pavor de bonecas. Toda vez que a apresentadora mostrava a ela o boneco do Chucky, o brinquedo assassino, a menina entrava em desespero e começava a gritar. Nisso, entrou em cena um japonês dizendo ser hipnotizador e alegando ter o poder de curar o trauma da menina.
Dois passes de mágica mais tarde, a menina já estava beijando e abraçando todas as bonecas. Palmas para o hipnotizador, entram os comerciais e não se fala mais nisso. A única coisa que ficou faltando foi a Márcia dizer que a menina era filha, isso mesmo, filha do hipnotizador japonês!
Não parou por aí. No dia seguinte, sempre disposta a dar um mamão, digo, uma mão ao próximo, Márcia colocou no ar uma Doris Giesse visivelmente descontrolada, para falar de seu calvário pessoal. Chorando e jorrando palavras pela boca, a ex-apresentadora do "Fantástico" contou que o dinheiro anda curto para comprar os medicamentos que seu psiquiatra, o dr. Gaiarsa, lhe receita, e que seu marido -que, segundo ela, é muito seu amigo, mas já não dá mais no couro- não a deixa sair de casa.
Até aí, nada de mais. Qualquer um que tivesse uma Doris Giesse naquele estado dentro de casa iria tomar certas precauções. O que causa admiração é ela ter conseguido chegar até o programa da Márcia. Deu a impressão de que tudo não passou de uma tentativa de ganhar uns minutinhos a mais de fama.
E para quem ficou chocado com o Jô Soares, que entrou no palco atirando com um revólver, só tenho a recomendar que vá chupar barata. Até parece que alguém acreditou que o showman estivesse atirando para valer ou fazendo apologia de armas de fogo.
@ - barbara@uol.com.br
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