São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2002

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A REEDIÇÃO

"Obras Completas" combate "rótulos" que cercam autora

Durante toda a carreira, Hilda Hilst combateu os rótulos de obscura, pornográfica e até de "porca histérica", como foi chamada em reportagem do jornal francês "Libération".
É contra todas essas estampas que o professor da Unicamp Alcir Pécora vem trabalhando na reedição das "Obras Completas".
Segundo ele, quando a escritora começou, teve seus textos analisados literariamente por "gente forte", como Sergio Buarque de Holanda (leia trecho acima) e Anatol Rosenfeld.
"Ao longo do tempo, Hilda se tornou mais conhecida por uma espécie de anedotário do que pela interpretação radicalmente literária", diz.
Para afastar o viés "pitoresco", ele selecionou uma ordem de publicação das obras de modo a, por exemplo, não "excitar" nem reprimir muito o lado "pornográfico" de Hilda.
A escolha tampouco foi cronológica. "Escolhi primeiro obras realmente decisivas tanto para sua prosa quanto para sua poesia." A própria Hilda ajudou a reorganização de seus 40 livros em 19 volumes. (CEM)



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