|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Museus franceses sofrem queda
no número de visitantes em 2001
DE PARIS
Os museus e monumentos
franceses sofreram uma dramática redução no número de visitantes em 2001, segundo o balanço
anual das instituições. A frequência ao Museu do Louvre caiu em
20,4%, passando de 3,4 milhões
de entradas em 2000 para 2,7 milhões no ano passado. Os prejuízos na bilheteria chegam a 2,4 milhões de euros (cerca de R$ 4,9
milhões).
O Museu d'Orsay, que abriga as
obras dos impressionistas, foi o
mais afetado: sua bilheteria diminuiu em 31,2% -com 1,1 milhão
de visitantes em 2001, contra 1,6
milhão em 2000.
No Palácio de Versalhes, calcula-se que houve redução de 30%
na venda de entradas, segundo o
jornal "Le Monde". No Museu Picasso, a cifra chega a 11,2%.
Nos monumentos, como o Arco
do Triunfo e a Sainte-Chapelle, as
baixas atingiram 30% em outubro
e 16% em novembro de 2001. A
assessoria de imprensa da Torre
Eiffel informa que, ali, a redução
foi de cerca de 15%.
Os atentados terroristas de 11 de
setembro e a série de greves que
atingiram os museus ao longo do
ano estão entre as causas da baixa
frequência de visitantes. Só agora
o turismo francês está se recuperando da crise que o atingiu logo
depois dos ataques aos EUA.
Alto custo
No Reino Unido, a situação é diversa: a frequência aos museus
dobrou no ano passado, graças à
adoção da entrada gratuita. Na
França, a maioria dos museus e
monumentos cobra ingressos.
Uma entrada para o Louvre custa
7,50 euros (cerca de R$ 15,30).
O custo da manutenção dos
museus e da realização das exposições é cada vez mais alto, sobretudo depois que subiram os preços dos seguros. A exposição
"Matisse-Picasso", que ocorrerá
em setembro no Grand Palais,
custará 3,8 milhões de euros. Seu
seguro ficará em 1,8 milhões de
euros.
A recessão econômica, por sua
vez, está levando à redução dos
patrocínios. O empresário François Pinault, dono das marcas
Yves Saint Laurent e Gucci, desistiu de patrocinar com 800 mil euros a mostra sobre o surrealismo
prevista no Centre Georges Pompidou, em fevereiro. O evento, porém, está mantido e será uma das
principais exposições do ano em
Paris.
(ALCINO LEITE NETO)
Texto Anterior: Artes plásticas: "Trans" atrai leitores até no céu de Veneza Próximo Texto: Banco Santos cria instituto cultural Índice
|