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São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 2003

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Free Jazz muda nome e ocorre só no Rio

DA REPORTAGEM LOCAL

Sim, 2003 terá Free Jazz. Mas o evento, que havia sido impedido de acontecer neste ano por uma lei que proíbe a vinculação da indústria do cigarro com eventos culturais, vai mudar de nome e ter uma única edição por ano, desta vez somente no Rio de Janeiro.
Sob a coordenação da mesma Monique Gardenberg, o projeto encontrou novo patrocinador, a Telecom Itália, e será realizado nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, no Museu de Arte Moderna (MAM-RJ).
O formato de três palcos, um para as apresentações de jazz, outro para novas tendências e outro para artistas pop consagrados, também será mantido.
Mas -pergunta que não quer calar depois de um dos piores anos de atrações internacionais no país- quem vem ao festival? "Estamos fazendo pesquisas para chegar a alguns nomes", desconversa Gardenberg, jogando a responsabilidade para Hermano Vianna, que faz a curadoria da parte pop/rock do evento. "Temos pensado em Yeah Yeah Yeahs, The Raptures, Cornelius...", dá a dica.
Zuza Homem de Mello, outro curador, é mais enfático. Quer trazer a Count Basie Orchestra com a cantora Pat Austin. "Há cinco anos eles tocaram no Brasil, já sem o Count Basie, mas faltou suíngue. Com o novo maestro e a Pat Austin, a orquestra ganhou nova vida. É como era com a Ella Fitzgerald, mas sem ser passadista", desmancha-se.
Outra idéia seria a de promover uma noite de "hip hop around the world" (hip hop ao redor do mundo), convidando os principais nomes do planeta no gênero.
O prazo final para o anúncio da programação completa do TIM Festival é julho. Até lá, no entanto, a produção garante que fará anúncios esporádicos dos nomes que já forem sendo acertados.
Ao privilegiar uma única cidade -São Paulo será a sede do evento em 2004- Gardenberg afirma que pretende recuperar o espírito original de confraternização do festival, promovendo oficinas e encontros de artistas. "Com o passar do tempo, a gente perdeu jam sessions históricas porque os músicos tinham de sair correndo e pegar o avião para SP." (DA)


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