GIULIANA BASTOS
DA REVISTA DA FOLHA

Tudo conspirava a favor do chá. Na Irlanda, amigos e familiares se reuniam para tomar a bebida queridinha dos britânicos. Mas não. Stephen Morrissey, 25, foi teimoso e se apaixonou por café. É para falar dessa paixão que o melhor barista do mundo faz uma palestra e um workshop, na próxima semana, no 8º Campeonato Brasileiro de Barista, em SP.
Na palestra, ele contará um pouco de sua apresentação no campeonato mundial (ocorrido em junho, em Copenhague), que foi, bem à moda irlandesa, com um toque de irreverência. Minimalista, Morrissey dispensou a bandeja -serviu os expressos na mão, como os garçons de antigamente- e, apesar de ser um tagarela assumido, não disse nada aos jurados sobre a origem de seu café, um blend especial, criado por ele com grãos de uma cooperativa de Ruanda e de uma fazenda da Guatemala.
"Fiz isso para que os juízes provassem às cegas, sem preconceitos, mas me arrependo um pouco", diz. Em terras brasileiras, além das aulas e de participar como jurado no campeonato de baristas, Morrissey pretende visitar fazendas e conhecer cafés brasileiros.