São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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comentário

Vinho do sonho é o que cabe no bolso

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Afinal, qual seria o vinho dos meus sonhos? Num mundo que conta com maravilhosos exemplares, candidatos não faltam.
Poderia ser, por exemplo, um dos crus de Bordeaux, de safras como 1959 ou 1961, anos que produziram gigantes, como o Latour e o Haut-Brion, ou ainda algum das preciosas colheitas de 1982 e 1985.
Ou talvez um grande Borgonha, como um Montrachet ou algum dos tremendos La Tache, do eterno Domaine de la Romanée-Conti.
Por que não sonhar também em perambular (sem pressa, bússola ou GPS, perdido mesmo) pelas caves de Champagne, procurando velhas cuvées daqueles deliciosos espumantes gauleses, que a patina do frio e do tempo convertem numa das bebidas mais complexas e divinas do planeta?
Bons para o espaço onírico de qualquer um -apesar, garanto, das costumeiras e caríssimas decepções-, pelo preço ou raridade, esses são goles que, infelizmente, estão longe do alcance da maioria.
Sonho ou não, o vinho é, sobretudo, sinônimo de prazer e alegria, sensações magníficas, que adoramos sentir com a maior frequência possível.
Por isso, confesso, no universo dos bons vinhos, os que mais ocupam os meus pensamentos são todos aqueles que cabem no meu bolso e que eu posso comprar e desfrutar ao lado das pessoas queridas.
Aliás, essa é uma maneira simples e fantástica de poder transformar, de forma cotidiana, garrafa atrás de garrafa, sonho e desejo, na mais deliciosa e feliz das realidades.


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