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Crítica
Filme mostra por que cinema deve a John Ford
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A semana começa com programas para mais ou menos todos os gostos. Os mais velhos
podem ver "Homem Aranha"
(AXN, 22h). Constatarão assim
que as boas aventuras nem
sempre foram feitas há muitos
anos, que heróis de HQs podem, sim, ser conseqüentes (o
Homem Aranha é mais angustiado que personagem bergmaniano) e que nem só de publicidade se faz um sucesso.
Os mais jovens podem ficar
com "As Vinhas da Ira"
(TCM, 18h20), que, à parte ser
uma bela aula de história sobre
os EUA da Depressão, mostra
porque o cinema deve mais ou
menos tudo a mestres como
John Ford. Bastará ver aquele
caminhãozinho com a família
de retirantes para entender a
grandeza de Ford.
Para os que acham o cinema
brasileiro incapaz de captar
sentimentos delicados e complexos, "Em Família" (Canal
Brasil, 19h30), de Paulo Porto,
oferece um desmentido enfático. É, aliás, um filme que está a
merecer um "remake", outra
instituição a ser reavaliada.
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