|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMIDA
Crítica
No Harry Pisek, salsichas de fabricação própria têm espaço de honra no menu
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
Restaurantes alemães
existem em São Paulo,
embora não sejam o
forte da cidade e muitas vezes
sejam mais choperias do que
mostruários da gastronomia do
país. É nesse cenário que aparece uma nova casa com interessantes opções dessa especialidade, o Harry Pisek.
Embora debutando em São
Paulo, o restaurante foi criado
há 12 anos em Campos do Jordão (no interior de São Paulo).
Seu proprietário, Harry Pisek,
40, paulistano de pais austríacos, é um apaixonado por confeccionar embutidos desde sua
primeira experiência, aos 15
anos, no restaurante de um
amigo da família. A partir daí,
foi estudar fabricação de salsichas na Alemanha e trabalhou
em frigoríficos até abrir sua
própria casa, em Campos.
A filial de São Paulo abriu em
novembro de 2008. Ali, a estrela, como na matriz, são as salsichas elaboradas pelo proprietário, mas há pratos de cozinha
europeia, principalmente alemães. A responsável por eles é a
mulher de Harry, Miriam Pisek, 35, mineira que herdou a
paixão pela cozinha da família.
Salsichas, mostardas, geleias
agridoces, pães, tomate meio-seco e o strudel de maçã são todos feitos na casa.
As salsichas têm lugar de
honra no cardápio e estrelam
vários pratos. Podem ser salsicha tradicional, salsichão, salsicha branca. E cada uma delas
com muitas variações: recheada de emmental, envolta em
bacon, recheada com funghi, de
alho com queijo brie, de pistache, de pimenta... As mais tradicionais são as mais saborosas,
mas as criações da casa não
chegam a fazer feio.
Para conhecer várias delas
numa só tacada, pode-se pedir
o Harry Pisek Wurst, no qual
vêm cinco tipos; ou pedir uma
seleção delas como entrada.
Acompanhando os pratos, virão guarnições como chucrute,
batatas ou spätzle (massinha de
farinha).
Mas o cardápio traz também
opções de trutas, steak tartare,
filé de porco empanado. Além
desses, o kassler (bisteca de
porco defumada) e um portentoso eisbein (joelho de porco)
com batatas e chucrute, enorme e gostoso. (Os pratos são gigantescos, todos.)
O strudel de maçã é orgulho
da casa, mas tem a massa grossa, distante daquelas folhas finíssimas da boa pâtisserie.
josimar@basilico.com.br
Texto Anterior: Não vale a visita Próximo Texto: Harry Pisek: Avaliação Índice
|