São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

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COMIDA

Crítica

No Harry Pisek, salsichas de fabricação própria têm espaço de honra no menu

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

Restaurantes alemães existem em São Paulo, embora não sejam o forte da cidade e muitas vezes sejam mais choperias do que mostruários da gastronomia do país. É nesse cenário que aparece uma nova casa com interessantes opções dessa especialidade, o Harry Pisek. Embora debutando em São Paulo, o restaurante foi criado há 12 anos em Campos do Jordão (no interior de São Paulo).
Seu proprietário, Harry Pisek, 40, paulistano de pais austríacos, é um apaixonado por confeccionar embutidos desde sua primeira experiência, aos 15 anos, no restaurante de um amigo da família. A partir daí, foi estudar fabricação de salsichas na Alemanha e trabalhou em frigoríficos até abrir sua própria casa, em Campos.
A filial de São Paulo abriu em novembro de 2008. Ali, a estrela, como na matriz, são as salsichas elaboradas pelo proprietário, mas há pratos de cozinha europeia, principalmente alemães. A responsável por eles é a mulher de Harry, Miriam Pisek, 35, mineira que herdou a paixão pela cozinha da família. Salsichas, mostardas, geleias agridoces, pães, tomate meio-seco e o strudel de maçã são todos feitos na casa. As salsichas têm lugar de honra no cardápio e estrelam vários pratos. Podem ser salsicha tradicional, salsichão, salsicha branca. E cada uma delas com muitas variações: recheada de emmental, envolta em bacon, recheada com funghi, de alho com queijo brie, de pistache, de pimenta... As mais tradicionais são as mais saborosas, mas as criações da casa não chegam a fazer feio.
Para conhecer várias delas numa só tacada, pode-se pedir o Harry Pisek Wurst, no qual vêm cinco tipos; ou pedir uma seleção delas como entrada. Acompanhando os pratos, virão guarnições como chucrute, batatas ou spätzle (massinha de farinha).
Mas o cardápio traz também opções de trutas, steak tartare, filé de porco empanado. Além desses, o kassler (bisteca de porco defumada) e um portentoso eisbein (joelho de porco) com batatas e chucrute, enorme e gostoso. (Os pratos são gigantescos, todos.) O strudel de maçã é orgulho da casa, mas tem a massa grossa, distante daquelas folhas finíssimas da boa pâtisserie.

josimar@basilico.com.br


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