São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

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Televisão/Crítica

Paisagens são o melhor de "Diários de Motocicleta"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É difícil dizer o que deu errado em "Diários de Motocicleta" (TNT, 19h25, classificação indicativa não informada), mas que deu, deu. O filme de Walter Salles enfoca a viagem iniciática de um jovem Che Guevara pela América do Sul, em companhia do seu amigo Alberto Granado.
Em princípio, um tema fascinante, porque quem não viajou na juventude pela América do Sul ao menos sonhou fazê-lo. Quase todos, em todo caso. E dessa viagem é que surgirá na mente de Guevara a ideia de transformar a realidade.
Algumas coisas parecem fora do lugar. Por exemplo: Granado é, no filme, um personagem muito mais interessante que Guevara. É mais maduro. Guevara parece apreender as coisas pelos olhos do outro (com exceção dos minutos finais).
A melhor lembrança que deixa "Diários de Motocicleta" é, afinal, turística: este é um filme de paisagens sedutoras, não raro inesquecíveis. Mas a intenção não parece ter sido esta. Algo não se fechou no círculo.


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