São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

Tarzã, o Filho da Selva
SBT, 15h.
 
(Tarzan, the Ape Man). EUA, 1981, 111 min. Direção: John Derek. Com Bo Derek, Richard Harris, John Phillip Law. John Derek dedica-se à sua atividade essencial: expor as formas de sua mulher, Bo. Tarzã e a selva entram como complemento à fotografia lambida.

O Carro Desgovernado
Globo, 16h.
 
(Runaway Car). Canadá, 1996, 112 min. Direção: Jack Sholder. Com Judge Reinhold, Nina Siemasko, Brian Hooks. Moça tira seu carro da oficina, pega a sobrinha, apanha dois caroneiros e pé na estrada. Pé na estrada mesmo: logo ela descobre que o acelerador está travado e que não tem como parar o carro. Enfim, isso é para a gente ver que não teve tanto azar com nossos mecânicos quanto pensava.

Canção da Liberdade
SBT, 1h30.
  
(Freedom Song). EUA, 2000, 150 min. Direção: Phil Alden Robinson. Com Danny Glover, Vicellous R. Shannon, Loreta Devine. A luta pelos direitos civis dos negros, no início dos anos 60, no Sul racista e tendo o pacifismo por estratégia. No centro, um jovem revoltado com a cabeça baixa manifestada pelo pai (Glover) em face dos brancos. O assunto é relevante. Feito para TV.

Intercine
Globo, 1h50.

Para quarta, as opções dizem respeito, de um modo ou de outro, à religião. Concorrem o épico "Barrabás" (1961, de Richard Fleischer, com Anthony Quinn, Vittorio Gassman) e o musical "Jesus Cristo Superstar" (1973, de Norman Jewison, com Ted Neeley, Darl Anderson).

Viagens Alucinantes
SBT, 3h45.
  
(Altered States). EUA, 1980, 103 min. Direção: Ken Russell. Com William Hurt, Blair Brown, Bob Balaban. O cientista William Hurt preocupa-se com a mente e dispõe-se a uma série de experiências visando a expansão da consciência. Que, vistas por Ken Russell, naturalmente são antes de mais nada experiências um tanto estetizantes. Só para São Paulo.

Agora Você Não Escapa
Globo, 4h10.
 
(Smokey and the Bandit Part 3). EUA, 1983, 88 min. Direção: Dick Lowry. Com Jackie Gleason, Jerry Reed, Paul Williams. Terceira investida do xerife Smokey (Gleason) contra o esperto Bandit (Reed). Comédia árdua. (IA)

Os primórdios de David Lynch

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que há de mais curioso na possibilidade que abre o Telecine Emotion de rever "O Homem Elefante" (22h) é, sem dúvida, observar o que permaneceu e o que mudou no trabalho de seu diretor, David Lynch.
O gosto pelas atmosferas bizarras, por exemplo, permanece e não se alterou grandemente. Mas Lynch parece ter deixado de lado o gosto por figuras monstruosas. Em vez do homem deformado, porém de bom coração -personagem real que pinçou no século 19-, Lynch parece hoje se interessar mais por figuras perfeitas, fisicamente, porém que denunciam uma deformação não bem pessoal, mas social.
O último Lynch, posterior a "Estrada Perdida", é um cineasta bem mais profundo e menos espalhafatoso. Por isso mesmo, sua gênese merece revisão.


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Socorro! Clonaram o Maluf!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.