São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2007

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"A história mudou a meu favor", diz Llosa

Escritor, que relança "Pantaleão e as Visitadoras" e "A Cidade e os Cachorros", diz que viu "antes de muita gente" os erros do socialismo

Paula Huven/Folha Imagem
Mario Vargas Llosa no Copacabana Palace, no Rio; escritor peruano terá toda sua obra relançada pela editora Objetiva/Alfaguara


SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Mario Vargas Llosa, 71, não esconde a vaidade ao concluir que venceu o debate político com os intelectuais de sua geração. "A história mudou a meu favor", disse o peruano, em entrevista à Folha, no Rio, onde conversa hoje com seus leitores em evento no CCBB -amanhã Llosa fala em São Paulo.
O escritor diz que as críticas recebidas por ele no passado, quando abandonou sua posição de esquerda e deixou de ser um fã de Sartre, hoje soam totalmente ultrapassadas.
O autor de clássicos da literatura latino-americana vangloria-se de ter percebido antes de muita gente o "fracasso das experiências cubana e soviética".
"A democracia não era um valor defendido pela esquerda. A esquerda queria a revolução, queria uma transformação radical, que era perigosa. Com o tempo, mostrou-se que podia desembocar em sistemas autoritários. Hoje fico feliz por ver que a democracia é uma bandeira defendida por todos."
Llosa terá sua obra relançada pela Objetiva/Alfaguara. Os dois primeiros títulos, "A Cidade e os Cachorros" e "Pantaleão e as Visitadoras", são o tema das palestras.


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