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"Sinfonia de Paris" é o novo lançamento da Coleção Folha
DA REPORTAGEM LOCAL
A maior parte dos musicais
de Hollywood, ao contrário do
que se possa imaginar, não trazia canções originais.
Bem mais comum era imaginar uma história a partir de
partituras já existentes, como é
o caso de "Sinfonia de Paris"
(1951), concebido pelo lendário
produtor Arthur Freed como
um veículo para as composições de George Gershwin.
Freed teve a ideia de criar um
musical a partir de "An American in Paris", peça sinfônica
que Gershwin compôs em
1928, inspirado em sua experiência como estudante na capital francesa. O produtor era
muito amigo de Ira Gershwin,
irmão, parceiro e responsável
pela obra de George obra após
sua morte. Freed então convenceu Ira de que o musical seria uma bela homenagem. Vencedor de seis Oscars, "Sinfonia
de Paris" chega às bancas em 19
de julho, pela Coleção Folha
Clássicos do Cinema.
Freed contratou como roteirista Alan Jay Lerner (coautor
das canções de "Minha Bela
Dama"), que teve como inspiração a passagem de Gershwin
por Paris e uma reportagem da
revista "Life" sobre soldados
americanos que recebiam bolsas do governo para estudar artes na capital francesa.
A direção foi entregue ao
mestre dos musicais Vincente
Minnelli. O ápice de "Sinfonia
de Paris" é um número musical
de 18 minutos em que as mais
famosas pinturas impressionistas ganham vida.
A MGM vetou a empreitada
de filmar na França. Paris foi
então reconstituída em estúdio
e, o que poderia ser uma limitação, acabou se tornando a deixa
para o total desprendimento de
qualquer realismo.
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