São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2011 |
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Livro analisa projetos de Sergio Bernardes DE SÃO PAULO Espécie de elo entre primeira e segunda fases do modernismo brasileiro, o arquiteto carioca Sergio Bernardes, morto há nove anos, aos 83, tem toda a obra compilada em livro pela primeira vez. Elo porque, embora não fugisse da linguagem de concreto armado que marcou o primeiro modernismo, Bernardes fez amplo uso de estruturas metálicas, o que era então ainda raro no Brasil. No lugar da aproximação com Le Corbusier, que marcou os primórdios da modernidade arquitetônica no Brasil, ele se filiou a Mies van der Rohe e Frank Lloyd Wright, pioneiros das novas técnicas. Na introdução do volume que recebeu o nome do arquiteto, um dos autores, Lauro Cavalcanti, escreve que "Bernardes dificultou a homogeneização redutora que se tinha a respeito de uma escola carioca na qual preponderariam atributos de leveza em oposição ao "brutalismo" dos arquitetos paulistas". Isso é visível em obras como o pavilhão que desenhou para o Brasil na Exposição Internacional de Bruxelas, em 1958, construção quase toda executada em metal. Outros exemplos do virtuosismo de Bernardes são o hotel Tambaú, em João Pessoa, uma estrutura feita em anéis concêntricos, e o Espaço Cultural José Lins do Rego, também na capital paraibana, quase todo em metal. (SM) SERGIO BERNARDES AUTOR Kykah Bernardes e Lauro Cavalcanti EDITORA Artviva QUANTO R$ 139 (288 págs.) Texto Anterior: Autor do pavilhão do Brasil em Veneza cai no ostracismo Próximo Texto: Música 1: Gil lança aplicativo para iPhone e iPad com discografia completa Índice | Comunicar Erros |
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