São Paulo, sábado, 12 de agosto de 2000


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MOSTRA
Edição 2000 do evento escocês, que terá 180 espetáculos, começa amanhã com companhias teatrais e músicos de renome
Edimburgo abre o festival dos consagrados

FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A EDIMBURGO

Começa amanhã a edição do ano 2000 do Festival Internacional de Edimburgo, na Escócia. São 180 espetáculos de ópera, teatro, dança e música a serem realizados até 2 de setembro. Paralelamente, Edimburgo recebe também o Fringe, festival de música e artes cênicas que começou na última terça e vai até o dia 28.
O Festival Internacional apresenta uma programação bastante oficial do mundo das artes, com companhias de renome e repercussão garantida. Cabe ao Fringe mostrar o que há de inovação.
Senão, vejamos: na área da dança, o New York City Ballet traz ao festival 11 coreografias, dez delas criadas antes de 1972, de Balanchine ou Jerome Robins. A importância das peças é inquestionável, mas elas estão fora do circuito de festivais de dança.
A coreografia mais recente, "Körper", é da alemã Sasha Waltz, que, com o diretor Thomas Ostermeier, dirige o Schaubühne am Leniner Platz, um dos mais importantes teatros de Berlim.
"Körper" (Corpos, em alemão) abriu a nova temporada do Schaubühne, em fevereiro deste ano, e é uma co-produção com o Théâtre de la Ville de Paris, o mais influente teatro de dança francês.
Outra companhia de sucesso que se apresenta é o Netherlands Dance Theater, de Jiri Kylian. Ele apresenta oito coreografias, entre elas, "Arcimboldo", peça que comemorou os 20 anos de Kylian à frente do grupo, em 1995.
Em teatro, há montagens inquestionáveis, como "Hamlet", pelo alemão Peter Zadek, ou "Don Juan", pela Real Cia. de Teatro Dramático, de Estocolmo, com direção de Mats Ek.
Surpresas podem surgir nas montagens de Anne Bogart para a SITI Company, de Nova York. Eles mostram "Cabin Pressure" e "War of the Worlds", peças que enfocam a relação ator-público.
Em música, o festival preparou quatro concertos da Orquestra Sinfônica de Londres para celebrar os 75 anos do regente e compositor Pierre Boulez. A seleção de peças tem Stravinsky (Petrushka), Mahler (Sinfonia nº 6), Berio (Notturno) e o próprio Boulez (Originel). Finalmente, em ópera, o destaque é "O Ouro do Reno", de Wagner. A obra dá início a série de quatro peças do compositor alemão denominada "O Ciclo dos Anéis". Todas serão apresentadas em Edimburgo até 2003, com a Ópera da Escócia, sob a regência de Tim Albery.


O jornalista Fabio Cypriano viaja a convite da Cultura Inglesa

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