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MOSTRA
Edição 2000 do evento escocês, que terá 180 espetáculos, começa amanhã com companhias teatrais e músicos de renome
Edimburgo abre o festival dos consagrados
FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A EDIMBURGO
Começa amanhã a edição do
ano 2000 do Festival Internacional de Edimburgo, na Escócia.
São 180 espetáculos de ópera, teatro, dança e música a serem realizados até 2 de setembro. Paralelamente, Edimburgo recebe também o Fringe, festival de música e
artes cênicas que começou na última terça e vai até o dia 28.
O Festival Internacional apresenta uma programação bastante
oficial do mundo das artes, com
companhias de renome e repercussão garantida. Cabe ao Fringe
mostrar o que há de inovação.
Senão, vejamos: na área da dança, o New York City Ballet traz ao
festival 11 coreografias, dez delas
criadas antes de 1972, de Balanchine ou Jerome Robins. A importância das peças é inquestionável, mas elas estão fora do circuito de festivais de dança.
A coreografia mais recente,
"Körper", é da alemã Sasha
Waltz, que, com o diretor Thomas Ostermeier, dirige o Schaubühne am Leniner Platz, um dos
mais importantes teatros de Berlim.
"Körper" (Corpos, em alemão)
abriu a nova temporada do
Schaubühne, em fevereiro deste
ano, e é uma co-produção com o
Théâtre de la Ville de Paris, o mais
influente teatro de dança francês.
Outra companhia de sucesso
que se apresenta é o Netherlands
Dance Theater, de Jiri Kylian. Ele
apresenta oito coreografias, entre
elas, "Arcimboldo", peça que comemorou os 20 anos de Kylian à
frente do grupo, em 1995.
Em teatro, há montagens inquestionáveis, como "Hamlet",
pelo alemão Peter Zadek, ou
"Don Juan", pela Real Cia. de Teatro Dramático, de Estocolmo,
com direção de Mats Ek.
Surpresas podem surgir nas
montagens de Anne Bogart para a
SITI Company, de Nova York.
Eles mostram "Cabin Pressure" e
"War of the Worlds", peças que
enfocam a relação ator-público.
Em música, o festival preparou
quatro concertos da Orquestra
Sinfônica de Londres para celebrar os 75 anos do regente e compositor Pierre Boulez. A seleção
de peças tem Stravinsky (Petrushka), Mahler (Sinfonia nº 6), Berio
(Notturno) e o próprio Boulez
(Originel). Finalmente, em ópera,
o destaque é "O Ouro do Reno",
de Wagner. A obra dá início a série de quatro peças do compositor
alemão denominada "O Ciclo dos
Anéis". Todas serão apresentadas
em Edimburgo até 2003, com a
Ópera da Escócia, sob a regência
de Tim Albery.
O jornalista Fabio Cypriano viaja a convite da Cultura Inglesa
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