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"Nunca tinha visto um trânsito como o de São Paulo", diz Julianne Moore
DA REPORTAGEM LOCAL
Por seu desempenho como a
Mulher do Médico, única personagem imune à epidemia de
cegueira no novo longa de Fernando Meirelles, a atriz norte-americana Julianne Moore já
figura nas apostas da imprensa
norte-americana como provável indicada ao Oscar 2009.
Moore, que veio ao Brasil no
mês passado para a pré-estréia
do filme, desconversa sobre
suas chances. "Só quero que as
pessoas vejam e gostem do filme, porque é um belo filme e
incrivelmente relevante", diz.
A relevância de "Ensaio sobre a Cegueira", na opinião da
atriz, está em deixar claro que
"a linha da civilização é muito
tênue e a possibilidade de que
algo aconteça e que tudo saia do
controle é real, conforme vemos de tempos em tempos nos
desastres naturais, nas guerras,
em todas as formas de terrorismo, que são um reflexo do que
acontece no mundo moderno".
A atriz diz que "adoraria trabalhar com Fernando [Meirelles] de novo", de quem se tornou admiradora desde que viu
"Cidade de Deus" (2002). "As
atuações dos atores não-profissionais são inacreditáveis. É
preciso ter a mão muito segura
de um diretor para obter performances como aquelas."
De São Paulo, onde parte do
longa foi filmado, Moore guarda "o trânsito" como memória
mais imediata. "Quando você
diz que vem a São Paulo, todo
mundo começa a falar sobre
trânsito e dizer que você nunca
viu nada igual. Vivo em Nova
York, onde há toneladas de tráfego. Pois eu nunca tinha visto
um trânsito assim em toda a
minha vida! Não sei como as
pessoas suportam", diz.
Para suportar o trânsito paulistano, Moore desenvolveu seu
próprio método. "Não consigo
ler no carro, porque sacoleja
muito. Para me manter calma,
fiquei ótima em jogar joguinhos no meu telefone".
Amazônia
Quando voltou de férias ao
país, junto com os filhos, a atriz
escolheu a Amazônia como
destino. "Voamos até Manaus
e, de lá, fomos para um lugarzinho no Rio Negro. Foi muito
relaxante, muito bonito e completamente diferente. É uma
parte do mundo tão diferente e
tão remota. Acho interessante
meus filhos conhecerem algo
assim, porque onde vivemos
nada parece remoto.
(SA)
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