São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2008

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"Nunca tinha visto um trânsito como o de São Paulo", diz Julianne Moore

DA REPORTAGEM LOCAL

Por seu desempenho como a Mulher do Médico, única personagem imune à epidemia de cegueira no novo longa de Fernando Meirelles, a atriz norte-americana Julianne Moore já figura nas apostas da imprensa norte-americana como provável indicada ao Oscar 2009.
Moore, que veio ao Brasil no mês passado para a pré-estréia do filme, desconversa sobre suas chances. "Só quero que as pessoas vejam e gostem do filme, porque é um belo filme e incrivelmente relevante", diz.
A relevância de "Ensaio sobre a Cegueira", na opinião da atriz, está em deixar claro que "a linha da civilização é muito tênue e a possibilidade de que algo aconteça e que tudo saia do controle é real, conforme vemos de tempos em tempos nos desastres naturais, nas guerras, em todas as formas de terrorismo, que são um reflexo do que acontece no mundo moderno".
A atriz diz que "adoraria trabalhar com Fernando [Meirelles] de novo", de quem se tornou admiradora desde que viu "Cidade de Deus" (2002). "As atuações dos atores não-profissionais são inacreditáveis. É preciso ter a mão muito segura de um diretor para obter performances como aquelas."
De São Paulo, onde parte do longa foi filmado, Moore guarda "o trânsito" como memória mais imediata. "Quando você diz que vem a São Paulo, todo mundo começa a falar sobre trânsito e dizer que você nunca viu nada igual. Vivo em Nova York, onde há toneladas de tráfego. Pois eu nunca tinha visto um trânsito assim em toda a minha vida! Não sei como as pessoas suportam", diz.
Para suportar o trânsito paulistano, Moore desenvolveu seu próprio método. "Não consigo ler no carro, porque sacoleja muito. Para me manter calma, fiquei ótima em jogar joguinhos no meu telefone".

Amazônia
Quando voltou de férias ao país, junto com os filhos, a atriz escolheu a Amazônia como destino. "Voamos até Manaus e, de lá, fomos para um lugarzinho no Rio Negro. Foi muito relaxante, muito bonito e completamente diferente. É uma parte do mundo tão diferente e tão remota. Acho interessante meus filhos conhecerem algo assim, porque onde vivemos nada parece remoto. (SA)



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