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Crítica
Koban consolida características dos novos restaurantes japoneses de SP
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
Para acompanhar o movimento dos restaurantes japoneses que não
param de pipocar por São Paulo, é preciso se deparar com a
consolidação de dois fenômenos, que se repetem no Koban,
aberto neste ano em Moema.
De um lado, a presença quase
imperiosa do sistema de rodízio, mesmo em casas como essa, onde também coexiste a oferta à la carte. E, de outro lado, a presença igualmente crescente de brasileiros sem qualquer ascendência japonesa como titulares do sushibar (e
também como proprietários).
No Koban o sushiman e sócio
é o baiano Elson da Silva, 39,
que chegou a São Paulo aos 13
anos e trabalhou em construção civil e em lojas durante dois
anos até começar a trabalhar
em restaurantes, ramo do qual
não mais saiu e em que galgou
postos até chegar ao topo.
Ele chegou a trabalhar em
uma casa de prestígio como o
Nagayama antes de abrir, em
1999, seu primeiro restaurante
-o Koban é sua terceira casa,
sempre em sociedade com a
paulistana Keko Ogawa, 52,
que trabalhou com ele, como
gerente, no extinto restaurante
oriental Billy Hanna, onde ele
era sushiman.
O principal serviço é de rodízio, o que se reforça pelo fato de
que no Koban não há limite para o que se quer comer, dentro
do elenco oferecido (sushi, sashimi, temaki, shimeji, guioza,
rolinho primavera, missoshiru,
yakissoba, tempurá de legumes, anchova e salmão grelhados, robata, chicken katsu, shogayaki e sobremesa). Neste, se
não falta quantidade, a variedade de peixes é pobre como na
maioria dos seus congêneres.
Já no pedido à la carte existe
mais possibilidade de variação
-quem sabe um sushi de ovas
de ouriço, quem sabe um agulhão (como sashimi, ou grelhado com gergelim). O preço do
rodízio equilibra-se com a qualidade e com o conforto oferecido.
Ah, além de servir rodízio e
de ter brasileiro como sushiman, o Koban é fiel a duas outras das características dos novos restaurantes japoneses da
cidade: a de ter uma ambientação moderna, com casulos de
madeira que envolvem as mesas, e a de fazer sushis bizarros
como essas especialidades da
casa -sushi de arroz com morango, cream-cheese e molho
teryaki e outro de goiabada cascão.
josimar@basilico.com.br
KOBAN
Avaliação:
Endereço: al. dos Arapanés,
397, Moema, tel. 0/xx/
11/5051-7404
Funcionamento: ter. a sex.,
das 12h às 14h30 e das 19h às
23h30; sáb. e dom., das 13h às
16h e das 19h à 0h
Ambiente: moderno suficiente para o
serviço de rodízio
Vinhos: a oferta é de saquê
Estacionamento: R$ 8
Cartões: todos
Preços: rodízio, R$ 23,90
(almoço de seg. a sex.); R$
29,90 (almoço aos finais de
semana e jantar todos os
dias); à la carte: entradas, R$
10 a R$ 26; sushi e sashimi,
R$ 19,50 a R$ 105 (para
quatro); pratos quentes, R$
13 a R$ 37; sobremesas, R$ 6
a R$ 10,20
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