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Lanvin, Kenzo e Chanel foram destaques
Poucas grifes conseguiram a
unanimidade que a Lanvin alcançou nesta temporada. A coleção do estilista Alber Elbaz
foi aplaudidíssima, pelo público do desfile e pela crítica francesa e estrangeira.
O desfile da Lanvin aconteceu horas antes de Marc Jacobs
aprontar suas estripulias para a
Louis Vuitton. Mas, ao contrário de Jacobs, Elbaz ativou um
olhar mais clássico, de extrema
sofisticação nas sutilezas alcançadas no design e na construção. As palavras de ordem eram
feminilidade, fluidez e exuberância. E estava salvo o padrão
de elegância francês!
A Kenzo, desenhada atualmente pelo italiano Antonio
Marras, criou um delicioso cenário de "jungle pop" para mostrar sua coleção inspirada no
filme "Fitzcarraldo" (de Werner Herzog), história de um
alemão que quer construir uma
casa de ópera na Amazônia.
A coleção é bastante ousada
nas estampas e suas combinações, sobretudo na mistura ostensiva de motivos florais com
os geométricos, tudo overcolorido. A arquitetura das peças é
menos arriscada -sobretudo
vestidos trapézio e longos evasês. Um toque étnico fez a diferença no conjunto.
Curiosidade: o convite da
Kenzo foi o mais bacana da
temporada. De plástico, ao ser
aberto fazia soar a voz de Caruso interpretando o final de uma
ária, com pássaros ao fundo.
Karl Lagerfeld criou para a
Chanel uma coleção bastante
rica e heterogênea, que deve fazer a alegria de sua clientela variada. O desfile começou com
vários jeans -inclusive biquínis e maiôs- e looks bem joviais e sexy e terminou numa
paisagem mais sofisticada, com
destaque para as peças com
transparências.
Baseado em seu universo
próprio de divas imaginárias,
luxuosamente decadentes e estranhamente modernas, John
Galliano se deu bem com a crítica: seu estilo debochado está
em total sintonia com os desejos mais novos da temporada.
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