DA REPORTAGEM LOCAL

Dez filmes de Rogério Sganzerla (1946-2004) serão exibidos em retrospectiva no 22o Festival de Turim, na Itália, que começa hoje e prossegue até o dia 20. Sua mulher, a atriz Helena Ignez, 65, e as filhas do diretor, Djin e Sinai, participam da homenagem.
"O festival tem um caráter extraordinário. Não tem a pompa nem a babaquice do Oscar. É para quem conhece o cinema e a linguagem cinematográfica", diz a viúva do diretor.
No ano passado, Willian Friedkin e Aleksandr Sokúrov foram os homenageados. Neste ano, foram escolhidos Sganzerla e o americano Richard Fleischer, 87.
"O diretor do festival, Roberto Turigliatto, veio até aqui para fazer o convite pessoalmente. Ele tinha visto "O Signo do Caos" em Berlim e decidiu fazer um tributo", conta Ignez.
A participação em Turim gerou outro convite, para o Festival de Roma, que acontece em dezembro e deve exibir "O Signo do Caos" e "Abismu".
Ignez participa ainda neste mês da terceira edição do Festival Discovering Latin America, em Londres, onde dará uma aula magna sobre "O Bandido da Luz Vermelha". Também serão exibidos "Tudo É Brasil", de Sganzerla, "Ônibus 174" e "Diários de Motocicleta".
Na volta ao Brasil, a atriz dá continuidade à produção de "Luz nas Trevas - A Revolta de Luz Vermelha", roteiro de Sganzerla, que será dirigido por ela.
"Eu sou mulher, meu olhar não é o mesmo do Rogério. Há uma coisa mais humana e social."
No elenco, estão Selton Mello, Paulo César Pereio, Maria Luiza Mendonça e Djin Sganzerla. A música será de Livio Tragtenberg e Arrigo Barnabé.


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