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comentário
Michael, 50, nunca mais crescerá
EDITOR DO FOLHATEEN
O resto da vida de Michael Jackson começou
em 16 de maio de 1983. Foi
quando ele deixou para
sempre de ser o pequeno
Michael dos sucessos do
Jackson Five e se transformou no rei do pop.
Nessa noite, Michael
Jackson subiu ao palco de
um teatro em Los Angeles
para comemorar os 25
anos da gravadora Motown. Começou a cantar
"Billie Jean". Foi até o lado
esquerdo do palco e voltou
deslizando... de costas. Os
3.000 convidados ficaram
de queixo caído.
Era o "moonwalk", o
"passo da lua", que ajudaria a transformar Michael
Jackson no maior vendedor de discos do planeta.
Sim, porque a música de
Jackson não era mais para
ser apenas ouvida. Era para ser vista.
Impossível pensar na
canção "Thriller" hoje sem
lembrarmos imediatamente de Jackson maquiado e dançando como
monstro no videoclipe.
O álbum é o mais vendido de todos os tempos,
tendo aberto caminho para ele faturar US$ 1 bilhão
na carreira.
Por outro lado, o ex-negro Michael Jackson teve
um queda tão espetacular
que é difícil de acreditar:
algemado numa delegacia,
acusado de embriagar meninos por sexo.
Apesar de absolvido nos
tribunais, Jackson nunca
mais se recuperou como
artista. Seu último disco
de inéditas, "Invincible"
(2001), nem sequer pagou
o investimento: US$ 55
milhões de custos de produção e propaganda. Relançamentos de canções
antigas, entretanto, vendem como água.
Há 25 anos, desde aquela noite em Los Angeles, a
vida de Michael Jackson é
uma sucessão de nuncas.
Nunca será esquecido
(nem nunca mais poderá
andar sozinho nas ruas).
Nunca deixará de realizar
sonhos (nem nunca mais
deixará de ser ridicularizado por eles). Nunca mais
terá vida normal. Nem
crescerá, como acontece
com crianças na Terra do
Nunca.
(IVAN FINOTTI)
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