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Brasil e França se associam para adaptar romance
"Vermelho Brasil" narra fracassada invasão francesa no país no século 16; filmagens estão previstas para 2008
À frente do projeto está Cláudio Kahns, produtor de, entre outros longas, "A Marvada Carne", "Vera" e "Como Nascem os Anjos"
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
Há mais de seis anos tocando
o projeto de adaptação para o
cinema do romance "Vermelho
Brasil", que em 2001 rendeu o
Prêmio Goncourt ao escritor
francês Jean-Christophe Rufin, o produtor Cláudio Kahns
deu mais um passo. Associou-se aos produtores franceses Nicolas Traube e Pierre Spengler,
com quem esteve na semana
passada no Rio de Janeiro visitando possíveis locações, como
a Ilha Grande, perto de Angra
dos Reis, no litoral fluminense.
"São lugares com uma geografia e vegetação ainda bastante similares ao Rio da época
em que se passa o livro, no século 16", diz Spengler, convidado há cerca de um ano para participar do projeto. "De resto, teremos que recriar digitalmente
parte do Rio retratado no romance."
Lançado no Brasil em 2002,
pela editora Objetiva, "Vermelho Brasil" conta a história da
fracassada tentativa de invasão
francesa do Brasil, em 1555, por
meio do Rio, numa expedição
comandada por Nicolas de
Villegagnon. A epopéia é narrada pela perspectiva de duas
crianças, Just e Colombe, que
vêm ao país em busca de seu
pai. O título do livro é uma alusão à cor do pau-brasil, que deu
nome ao país.
"Apesar do sucesso que o romance teve na França, esta passagem apaixonante da história
francesa é, em grande parte,
desconhecida no meu país",
afirma Spengler.
Filmagem em 2008
Produtor de títulos como "A
Marvada Carne" (1985), "Vera"
(1987) e "Como Nascem os Anjos" (1996), Kahns pretende
iniciar as filmagens de "Vermelho Brasil" no segundo semestre de 2008. O lançamento do
longa-metragem seria em
2009, quando acontece o Ano
da França no Brasil. Ao menos
duas seqüências deverão ser filmadas na França: a saída de Nicolas de Villegagnon da Normandia em direção ao Brasil e o
fim de sua vida.
Por ora, os produtores têm
apenas um primeiro tratamento de roteiro, escrito pelo francês Jean Luc Feigle, e procuram também um roteirista brasileiro. Há pelo menos uma
candidata a diretora, a argelina
radicada na França Josée Dayan, um nome ligado à televisão
francesa.
Orçado em 6 milhões (cerca de R$ 15,5 milhões), "Vermelho Brasil" terá 40% da produção bancada pelo canal de
TV France 2, segundo Kahns,
que também está tentando leis
de incentivo brasileiras.
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