São Paulo, quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

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Brasil e França se associam para adaptar romance

"Vermelho Brasil" narra fracassada invasão francesa no país no século 16; filmagens estão previstas para 2008

À frente do projeto está Cláudio Kahns, produtor de, entre outros longas, "A Marvada Carne", "Vera" e "Como Nascem os Anjos"

EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

Há mais de seis anos tocando o projeto de adaptação para o cinema do romance "Vermelho Brasil", que em 2001 rendeu o Prêmio Goncourt ao escritor francês Jean-Christophe Rufin, o produtor Cláudio Kahns deu mais um passo. Associou-se aos produtores franceses Nicolas Traube e Pierre Spengler, com quem esteve na semana passada no Rio de Janeiro visitando possíveis locações, como a Ilha Grande, perto de Angra dos Reis, no litoral fluminense.
"São lugares com uma geografia e vegetação ainda bastante similares ao Rio da época em que se passa o livro, no século 16", diz Spengler, convidado há cerca de um ano para participar do projeto. "De resto, teremos que recriar digitalmente parte do Rio retratado no romance."
Lançado no Brasil em 2002, pela editora Objetiva, "Vermelho Brasil" conta a história da fracassada tentativa de invasão francesa do Brasil, em 1555, por meio do Rio, numa expedição comandada por Nicolas de Villegagnon. A epopéia é narrada pela perspectiva de duas crianças, Just e Colombe, que vêm ao país em busca de seu pai. O título do livro é uma alusão à cor do pau-brasil, que deu nome ao país.
"Apesar do sucesso que o romance teve na França, esta passagem apaixonante da história francesa é, em grande parte, desconhecida no meu país", afirma Spengler.

Filmagem em 2008
Produtor de títulos como "A Marvada Carne" (1985), "Vera" (1987) e "Como Nascem os Anjos" (1996), Kahns pretende iniciar as filmagens de "Vermelho Brasil" no segundo semestre de 2008. O lançamento do longa-metragem seria em 2009, quando acontece o Ano da França no Brasil. Ao menos duas seqüências deverão ser filmadas na França: a saída de Nicolas de Villegagnon da Normandia em direção ao Brasil e o fim de sua vida.
Por ora, os produtores têm apenas um primeiro tratamento de roteiro, escrito pelo francês Jean Luc Feigle, e procuram também um roteirista brasileiro. Há pelo menos uma candidata a diretora, a argelina radicada na França Josée Dayan, um nome ligado à televisão francesa.
Orçado em 6 milhões (cerca de R$ 15,5 milhões), "Vermelho Brasil" terá 40% da produção bancada pelo canal de TV France 2, segundo Kahns, que também está tentando leis de incentivo brasileiras.


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