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Led Zeppelin do século 21 triunfa em show
Público e crítica aprovam retorno, que durou uma hora e meia na O2 Arena, em Londres, e deve virar DVD
Kevin Westenberg/Getty Images
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Robert Plant e Jimmy Page no show de anteontem em Londres |
DA REPORTAGEM LOCAL
"Nos dias da minha juventude/ Contaram-me o que era ser
um homem/ Agora que eu alcancei a idade/ Tentei fazer o
melhor que posso em tudo."
Os primeiros versos de
"Good Times, Bad Times", uma
música sobre traição, ganharam novo sentido no momento
em que o Led Zeppelin do século 21 a tocou na noite de anteontem, na O2 Arena.
Dezenove anos após a última
malfadada tentativa de reunião, Londres viu uma banda
hiperbem ensaiada e disposta,
capaz de encarar uma turnê
mundial sem macular sua bela
história. No show, Jason Bonham substituiu o pai, John,
que morreu em 1980 e causou
o fim do grupo.
A apresentação durou 90 minutos e deve ser lançada em
DVD no ano que vem. Alguns
trechos de "Black Dog", captada por uma emissora de televisão inglesa, e o início de "Good
Times, Bad Times", gravado
por um fã, já podem ser vistos
no YouTube.
Em "Black Dog", o vocalista
Robert Plant, 59, altera as melodias, pois seu falsete não alcança mais as altas notas originais. Mas o timbre e a força
continuam ótimos. À sua esquerda, Jimmy Page, 63, reina
na guitarra, vestido com um sobretudo preto.
Não faltou nem a escarnecida
"Stairway to Heaven", a música
cuja fama se voltou contra si
mesma, pesadelo de dez entre
dez vendedores de guitarra. No
bis, o Zeppelin voltou com as
incendiárias "Whole Lotta Love" e "Rock'n'Roll".
"Nave-mãe"
Com ares de acontecimento
do ano, não faltaram as celebridades. De Mick Jagger aos irmãos Gallagher, do Oasis, de
Paul McCartney aos Arctic
Monkeys, o "jet set" do rock
deu o ar de sua graça na área
VIP do show, que foi definido
pelo "Times" como "nave-mãe
de todas as reuniões".
Aliás, a imprensa inglesa
(tanto a séria quanto a "hypeira") louvou o show com entusiasmo. Jornalões como o
"Guardian" e o próprio "Times"
fizeram coro com o semanário
musical "NME".
Todos esses foram unânimes
em apontar "Kashmir" como
ponto alto da noite, saudaram a
categoria dos senhores e "liberaram" a banda para uma turnê
mundial, ainda não confirmada. Críticos envergonhados que
quiserem fugir para Andrômeda vão perder.
(MDA)
Com agências internacionais
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