São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010

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KEILA JIMENEZ - keila.jimenez.@grupofolha.com.br

Não basta rebolar, tem de ser linda e também pensar

Como é dura a vida da bailarina. Bom, na TV também é. Não basta saber dançar. Para fazer parte do balé de um programa da Globo, do SBT e da Record, é preciso ser linda e um ser pensante. Sim, por incrível que pareça, é um dos requisitos do "Domingão do Faustão" (Globo).
"Dançar se aprende, mas ficar linda é difícil", diz Rafaella Viscardi, coreógrafa do "Programa do Gugu" (Record), em que, das 12 meninas do grupo, só uma tem formação em dança.
Cabelo comprido também é quase obrigatório.
"99,99% das meninas têm", diz Sylvio Lemgruber, coreógrafo do "Domingão do Faustão" há 13 anos. Já corpo bonito é imprescindível. "Ainda mais com a TV HD", afirma Lemgruber.
A "caça" às meninas perfeitas para a TV é feita em academias, festivais de dança, testes e agências de modelos. Além da busca dos coreógrafos e da produção dos programas, professores e as próprias candidatas contatam as emissoras.
Para escolher uma nova integrante para o grupo de 25 bailarinas do Faustão, Lemgruber avalia fotos, conhecimentos de dança, faz testes de vídeo e analisa o currículo universitário.
"O Fausto volta e meia conversa com as meninas no ar. Se for oca, não tem nem como começar."
No SBT, as 15 bailarinas do "Programa Silvio Santos" têm formação em balé clássico. Contratadas da emissora, elas atendem a outros programas e recebem R$ 1.500 mensais para gravar em média cinco dias por semana.
Na Globo, por dois dias de ensaio e uma média de quatro horas de programa ao vivo aos domingos, uma bailarina do Faustão chega a receber R$ 5.000 mensais.
Nos ensaios de programas ao vivo, o foco é em grupos de coreografias básicas, que servem para vários estilos de música.
Tudo porque, ao vivo, é preciso dançar um pouquinho antes de a música começar para a câmera não focalizar as meninas paradas. E nunca se sabe qual música vai tocar. Uma das bailarinas, escolhida como líder, é quem arrisca a coreografia da vez.
A vida útil de uma dançarina de TV é variável. No programa do Faustão, em que a média de idade das garotas é de 22 anos, elas passam em média seis anos.
Já no SBT, no qual a média de idade é de 25 anos, as bailarinas ficam até oito anos no grupo. Os motivos de trocas são inúmeros. "Elas saem para ser assistentes de palco, atrizes, estudar, ter filhos. É incomum despedirmos alguém, a não ser que a menina vire um botijão", conta Lemgruber.

SANTINHOS DO PAU OCO
Estevam Avellar/Globo
Claudia Raia, a diretora de "Ti Ti Ti" Maria de Médicis e Marcos Frota fazem graça nos intervalos de gravação externa da novela das 19h da Globo

Troféu A equipe paulista do canal Sportv conquistou quatro dos cinco prêmios da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) na categoria TV fechada. Serão premiados o narrador Milton Leite, o comentarista Maurício Noriega, o repórter Carlos Cereto e a produção do Sportv. Milton Leite também levará o troféu de bronze na categoria narrador na TV aberta, pelo seu trabalho na Globo. O primeiro lugar na categoria ficou com Cleber Machado. A premiação será amanhã, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo.

Holerite A Record não sabe onde encaixar todos os ex-fazendeiros. "A Fazenda" termina no dia 21, mas todos os participantes, até os ainda confinados, estão pedindo emprego por lá. Monique Evans quer um quadro em um dos dominicais. Sergio Mallandro e Nany People também. Sergio Abreu quer fazer novela. Já a direção da Record está preocupada com o "Programa do Gugu", que está quase 50% calçado em "A Fazenda", explorando sempre o eliminado da semana. Sem o reality, abre-se um buraco de quase duas horas na atração.

com SAMIA MAZZUCCO



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