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MÚSICA
Dentre os vários projetos do grupo para este ano está levar o programa "Vitrola Invisível" para a rádio convencional
Planos do Instituto incluem Záfrica Brasil e DJ Dolores
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A passagem pela Índia é só o
ponto de partida do 2004 do Instituto, cheio de planos. Os primeiros dizem respeito, claro, a discos
-tanto os da banda quanto os
lançado pelo selo que leva o nome
do grupo. Mas o ano ainda terá
produções, trilhas sonoras e, o
grupo espera, a realização de um
velho sonho: levar o programa
"Vitrola Invisível" para a rádio
convencional.
"Já estamos transmitindo em
Portugal, graças a um acordo que
fechamos com o programa Portugália, da rádio Antena 3", conta
Rica Amabis.
"Vitrola Invisível" é o programa
de rádio on-line que o grupo atualiza semanalmente no próprio site, sempre convidando camaradas para escolher músicas e apresentando sons do mundo inteiro
que tenham parentesco com o
grupo. O site (www.seloinstituto.com) deverá passar por uma
pequena reformulação gráfica para que nele seja incluído ainda
mais conteúdo -que começará a
contar com material inédito, como músicas em MP3 e mais vídeos.
Na área de discos, a prioridade
por enquanto é o segundo disco
do Záfrica Brasil e o disco solo de
Funk Buia, que já estão sendo gravados. "O problema é que a gente
quer dar condições aos artistas,
mas sabendo que somos uma
banda, não só um selo", explica
Daniel Ganjaman. "Às vezes, não
vamos conseguir nos dedicar o
quanto o artista precisa, o que pode acabar nos desgastando de
uma forma desnecessária."
Ganjaman explica o que aconteceu com o MC carioca De Leve,
como exemplo. "Nós queríamos
lançar o De Leve, a gente sabia
que ele tem um potencial pop
muito grande, comercial mesmo.
Mas ele é um artista que precisa
ser trabalhado, ter tempo e dedicação para ele, e isso nos emperrou. Quando o Dudu Marote
[produtor do selo Segundo Mundo] falou com a gente dizendo
que queria lançar o cara, achamos
que seria o melhor tanto para ele
quanto para a gente."
Lançamentos próprios
Além dos discos alheios, o grupo planeja dois discos próprios
para este ano: um instrumental e
outro seguindo a linha com vários
convidados, como no disco de estréia, "Coleção Nacional".
"Fizemos muitos shows no ano
passado e estamos com uma banda ótima", conta Amabis. "Queremos fazer um disco para registrar
essa banda. Acho que podemos
estar chamando músicos convidados para participar, mas isso
ainda é um plano." "Queremos
um disco mais orgânico", sintetiza Ganjaman.
O outro lançamento é mais
complicado. "É um disco que exige uma certa gestação, fora o fato
de chamar convidados", conta
Ganjaman. Ele aproveita para comentar uma declaração de Marcelo D2, que aproveitou a enquete
de uma revista sobre apostas para
2004 para se autoconvidar para o
segundo disco do Instituto.
"Fizemos o primeiro na maior
"brodagem", sem grana mesmo. A
gente queria chamar mais gente,
mas não sabia se dava pra chamar
artista de gravadora grande. No
primeiro disco, a gente não tinha
dinheiro nem para pagar a passagem do pessoal, então era complicado chamar alguém que tivesse
um nome maior."
Além dos discos, o coletivo ainda tem outros planos na manga
-a maioria deles além do formato música e ainda na incubadora
mental da banda. Fora o flerte
com o Los Hermanos e o Hurtmold, a possibilidade de fazerem
mais uma trilha sonora (eles desconversam) e a masterização final
do segundo disco do DJ Dolores,
que deverá sair no mês de abril.
(AM)
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