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Crítica
Filmes abordam amor, pecado e moralismos
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "Intersection - Uma
Escolha, Uma Renúncia"
(TC Light, 22h, não indicado a
menores de 14 anos), Richard
Gere é Vincent, homem bem
casado, que ama a mulher e tal,
mas que, por motivo cardíaco,
tem uma amante pela qual é
tremendamente apaixonado.
A lógica seria a de que ele só
trairia a mulher se fosse um patife ou se o casamento estivesse
arruinado, mas não: Vincent
ama, simplesmente, e mais de
uma. Isso fere o mandamento
burguês que exige coerências e
desejos únicos. Amar muito é,
assim, algo indecoroso.
Os europeus, nisso, parecem
mais bem resolvidos. "Em Paris" (TC Cult, 22h, não indicado a menores de 14 anos) tem o
galã das culturetes, Louis Garrel, flanando atrás de uma beijoca feminina, sem qualquer
moralismo tacanho, apenas seguindo seus nobres instintos.
O italiano Bernardo Bertolucci assina outra franca história de amor, entre uma imigrante africana e seu patrão inglês, em "Assédio" (TC Cult,
12h20, não indicado a menores
de 14 anos).
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