São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

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Crítica

Candeias sonda mistérios de nossa existência

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Diego Assunção escreve num e-mail sobre o documentário feito sobre Ozualdo Candeias há alguns anos.
Candeias não fala nada. Ele aparece dirigindo sua moto, enquanto outras pessoas dão depoimentos sobre seu trabalho. Diego nota, sobre este filme: "Ali, há anos sem filmar, ele já parecia um fantasma do cinema brasileiro".
O cinema brasileiro é especialista em produzir fantasmas. São o outro lado das coisas, aqueles que, seja qual for o motivo, nunca participaram de sua oficialidade.
Talvez por isso mesmo, ao morrer, chamam nossa atenção: fazem parte de uma esfera de real que não se abre facilmente ao espectador, passa longe das colunas sociais, preserva intacto o tal mistério da existência.
Esse mistério está no filme de Candeias que o Canal Brasil passa hoje, "Caçada Sangrenta" (0h30). Está, mais ainda, no "Blow Up" de Antonioni, que o Turner Classic Movies exibe às 2h40.


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