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Colunista quer falar do "grotesco
do cotidiano" com bom humor
A carioca Cecilia Giannetti, 31, que estréia na Ilustrada, lança romance este ano
DA REPORTAGEM LOCAL
"Pode falar o diabo", sugere,
bem-humorada, a escritora Cecilia Giannetti, quando a reportagem pede que ela se apresente ao leitor na estréia de sua coluna na Folha.
"Espero que consiga mostrar
na coluna o grotesco do cotidiano com algum senso de humor. Peguei leve na primeira.
Na próxima, falarei dos meus
mendigos de estimação", avisa.
Carioca, nascida em 1976, filha de pai médico e mãe assistente social, Cecilia morou boa
parte de sua vida na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Fã
do argentino Julio Cortázar e
do norte-mericano Jonathan
Safran Foer, publicou contos
em antologias das editoras Record, Ediouro, Casa da Palavra
e, na Itália, pela La Nuova
Frontiera. Também colaborou
com as revistas "Trip", "Piauí"
e "Vogue". Neste ano, ela lançará seu primeiro romance, "Lugares que Não Conheço, Pessoas que Nunca Vi", pela Agir.
"O livro conta a história de
uma cidade virada pelo avesso
porque a narradora, uma apresentadora de TV, não consegue
ver o mundo como ele é, depois
que ela testemunha um ato de
violência terrível", adianta.
O segundo romance, que já
está a caminho, será menos duro: contará a história de uma
menina que vive numa família
de judeus e macumbeiros. O
bom humor, como se vê, é sua
marca registrada: ela conta
que, em 2006, deu uma "respeitosa bitoca" no escritor Gay
Talese, em Nova York, onde
trabalhou num bar. E de onde
voltou pela "necessidade de
pular Carnaval".
A escritora diz ainda que fez
três anos de boxe tailandês,
chegando à faixa laranja. E procura o amor por onde vai. Enquanto ele não aparece, contenta-se "com um uisquinho".
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