São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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Crítica

"Mar Adentro" esclarece pouco sobre eutanásia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A regressão nos costumes é algo que parece se impor neste começo de século. O direito ao aborto, indiscutível em todo o mundo (até em Portugal, mas fora o Brasil, é claro), hoje é alvo de passeatas em Washington, nos EUA, onde se defende "o direito à vida".
Mas, diga-se o que disser, essa corrente traz algo de novo, ao fazer de centro do problema a discussão sobre o início da vida. E os outros, a "esquerda", digamos assim, têm de encontrar argumentos (em vez de argumentos científicos, valia olhar a história da ciência: em geral, ela prova o que bem entende).
A eutanásia é uma questão bem mais controversa, pois estabelecer o fim da vida é mais evidente do que decretar seu início.
Com seu "Mar Adentro" (exibido pela Fox, às 14h), o diretor Alejandro Amenábar coloca seu dedo no problema, mas esclarece pouca coisa. Ou por outra: demonstra apenas que, para Amenábar, a vida é algo sem mistério. Seu cinema atesta isso.


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